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Santander se desculpa por extrato com críticas à Dilma

Em documento enviado a clientes de alta renda, banco sugere que o desempenho da economia piorará caso Dilma seja reeleita

Santander: disse que tomará providências para que comunicado não dê margem a equívocos (Luísa Melo/Exame.com)

Luísa Melo

Publicado em 25 de julho de 2014 às 12h24.

São Paulo - O Santander pediu desculpas nesta sexta-feira por ter enviado a seus clientes de alta renda um extrato que sugere que o desempenho da economia brasileira piorará caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita.

O documento, com data de julho de 2014, diz que a queda de Dilma nas pesquisas sobre as eleições de outubro tem contribuído para a subida do Ibovespa e que uma mudança nas intenções de voto provocaria um "cenário de reversão".

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"Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas crescentes", diz o texto.

O extrato foi enviado aos clientes do segmento Select, que abrange correntistas com renda mensal superior a 10.000 reais e que possuem investimentos acima de 30.000 reais ou pessoas com renda menor, mas investimentos de, no mínimo, 200.000 reais.

Em nota, o banco admite que o comunicado pode trazer interpretações que extrapolam suas análises técnicas e pede desculpas aos consumidores.

Veja o texto na íntegra:

“O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna ‘Você e Seu Dinheiro’, no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação.”

O caso foi criticado pela imprensa pró-PT e por simpatizantes da presidente Dilma nas redes sociais:

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