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Samarco contrata bancos para renegociar dívidas, diz fonte

A Samarco e suas proprietárias Vale e BHP Billiton contrataram bancos para sondar credores sobre uma potencial renegociação de 3,8 bilhões de dólares em dívidas

Barragens de rejeitos da empresa de mineração Samarco se rompem em Mariana (MG) (Antonio Cruz/ Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2016 às 17h42.

São Paulo - A mineradora brasileira Samarco Mineração e suas proprietárias Vale e BHP Billiton contrataram bancos para sondar credores sobre uma potencial renegociação de 3,8 bilhões de dólares em dívidas, após o rompimento da barragem de Mariana levar ao fechamento de uma importante mina, disse uma fonte com conhecimento direto do plano nesta segunda-feira.

De acordo com a fonte, a BHP Billiton contratou o Rothschild & Co como conselheiro para um eventual acordo, a Vale trouxe o Moelis & Co, e o JPMorgan Chase & Co está aconselhando a Samarco.

A fonte solicitou anonimato porque o processo é privado. Nem a Samarco, a Vale ou a BHP Billiton esboçaram quaisquer propostas a credores, porque as negociações dependerão sobre quando a mineração da Samarco em Minas Gerais obterá permissão para ser reaberta, disse a fonte.

A Bloomberg News noticiou a contratação dos bancos no domingo. O rompimento da barragem de rejeitos em 5 de novembro causou uma enxurrada de lama que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados e poluiu o Rio Doce.

O governo considerou o desastre como a pior catástrofe ambiental do país. A mina está fechada desde então. As autoridades ambientais dizem que a reabertura só será permitida quando a empresa comprovar que a lama não está mais vazando nas proximidades e que a mina pode operar em segurança. Vale e BHP não quiseram comentar. Samarco, Rothschild, JPMorgan e Moelis não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

PRAZOS IRREAIS

A Samarco inicialmente esperava retomar as operações este ano, mas admitiu na semana passada que o prazo não é mais realista. A FTI Consulting também foi contratada como conselheira para os bancos, para os quais a Samarco deve cerca de 1,6 bilhões de dólares, acrescentou a fonte.

Os 2,2 bilhões de dólares restantes são devidos a detentores de títulos, observou a fonte. A FTI não quis comentar. A empresa propôs a retomada da produção com capacidade limitada e usando antigas cavas de minas para armazenar os rejeitos. Esta proposta ainda está sendo avaliada pelas autoridades, que não indicaram quando ou se será aprovada.

O título da Samarco, negociado em dólar com cupom de 5,375 por cento e vencimento em setembro de 2024, subiu nesta segunda feira 0,75 centavo de dólar, para 47 centavos por dólar. O título perdeu quase metade de seu valor desde o desastre em novembro.

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São Paulo - A mineradora brasileira Samarco Mineração e suas proprietárias Vale e BHP Billiton contrataram bancos para sondar credores sobre uma potencial renegociação de 3,8 bilhões de dólares em dívidas, após o rompimento da barragem de Mariana levar ao fechamento de uma importante mina, disse uma fonte com conhecimento direto do plano nesta segunda-feira.

De acordo com a fonte, a BHP Billiton contratou o Rothschild & Co como conselheiro para um eventual acordo, a Vale trouxe o Moelis & Co, e o JPMorgan Chase & Co está aconselhando a Samarco.

A fonte solicitou anonimato porque o processo é privado. Nem a Samarco, a Vale ou a BHP Billiton esboçaram quaisquer propostas a credores, porque as negociações dependerão sobre quando a mineração da Samarco em Minas Gerais obterá permissão para ser reaberta, disse a fonte.

A Bloomberg News noticiou a contratação dos bancos no domingo. O rompimento da barragem de rejeitos em 5 de novembro causou uma enxurrada de lama que matou 19 pessoas, deixou centenas de desabrigados e poluiu o Rio Doce.

O governo considerou o desastre como a pior catástrofe ambiental do país. A mina está fechada desde então. As autoridades ambientais dizem que a reabertura só será permitida quando a empresa comprovar que a lama não está mais vazando nas proximidades e que a mina pode operar em segurança. Vale e BHP não quiseram comentar. Samarco, Rothschild, JPMorgan e Moelis não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

PRAZOS IRREAIS

A Samarco inicialmente esperava retomar as operações este ano, mas admitiu na semana passada que o prazo não é mais realista. A FTI Consulting também foi contratada como conselheira para os bancos, para os quais a Samarco deve cerca de 1,6 bilhões de dólares, acrescentou a fonte.

Os 2,2 bilhões de dólares restantes são devidos a detentores de títulos, observou a fonte. A FTI não quis comentar. A empresa propôs a retomada da produção com capacidade limitada e usando antigas cavas de minas para armazenar os rejeitos. Esta proposta ainda está sendo avaliada pelas autoridades, que não indicaram quando ou se será aprovada.

O título da Samarco, negociado em dólar com cupom de 5,375 por cento e vencimento em setembro de 2024, subiu nesta segunda feira 0,75 centavo de dólar, para 47 centavos por dólar. O título perdeu quase metade de seu valor desde o desastre em novembro.

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