Rossi fecha joint-venture no Mato Grosso e aposta em parcerias
São Paulo - A Rossi Residencial fechou uma joint-venture com a GMS Imobiliária e Construtora, do Mato Grosso, com expectativa de lançar 500 milhões de reais em imóveis em dois anos. Por meio da sociedade, cuja participação da Rossi será de 70 por cento, a incorporadora e construtora ampliará sua atuação para o Estado mato-grossense. […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - A Rossi Residencial fechou uma joint-venture com a GMS Imobiliária e Construtora, do Mato Grosso, com expectativa de lançar 500 milhões de reais em imóveis em dois anos.
Por meio da sociedade, cuja participação da Rossi será de 70 por cento, a incorporadora e construtora ampliará sua atuação para o Estado mato-grossense.
"(O negócio) é mais um passo na estratégia de consolidar 'players' menores e entrar de forma rápida em locais onde não entraríamos sozinhos", disse à Reuters o vice-presidente financeiro da Rossi, Cassio Audi, nesta segunda-feira.
A operação representa a segunda joint-venture da Rossi com empresas de menor porte em regiões do país onde pretende atuar. Em dezembro passado, a incorporadora anunciou uma sociedade com a Capital Construtora, para atuar em Manaus, com lançamentos estimados em 2 bilhões de reais até 2011.
"O banco de terrenos com a Capital é maior do que o de muitas construtoras listadas em bolsa", ressaltou Audi, ao defender o modelo prioritário de crescimento da Rossi, através de joint-ventures ou parcerias.
De acordo com o presidente da Rossi, Heitor Cantergiani, o banco de terrenos da GMS --que está há 30 anos no mercado e já construiu cerca de 800 mil metros quadrados entre obras industriais, comerciais e residenciais-- tem potencial para lançamentos de imóveis em todos os segmentos de renda.
"A associação a empresas menores representa a estratégia de menos risco", afirmou o presidente da Rossi, acrescentando que esse tipo de negócio será priorizado pela companhia nos próximos anos e que outras joint-ventures podem ser anunciadas ainda em 2010.
Segundo Cantergiani, antes de estabelecer uma sociedade, a companhia faz o lançamento de um ou alguns empreendimentos como parceira da construtora local.
A estratégia de testar as afinidades com uma construtora local antes de uma aliança mais forte como uma joint-venture, disse o executivo, permite à Rossi evitar ficar presa a "algemas".
"Todos os nossos parceiros atuais são futuros candidatos potenciais (a joint-ventures)", revelou.
Cantergiani, contudo, não descartou possíveis aquisições de empresas de maior porte, com capital aberto.
"Todo dia tem gente batendo na nossa porta, querendo comprar ou vender", disse, ao ser questionado sobre a união de PDG Realty e Agre e como a Rossi se posicionaria diante da consolidação entre construtoras na bolsa.
Presente em 73 cidades e 14 Estados brasileiros, a Rossi tem como meta atuar em 120 cidades e 18 ou 19 Estados até 2011, segundo o diretor. Para 2010, a empresa prevê lançamentos da ordem de 3,3 bilhões de reais e, no próximo ano, de 4,5 bilhões de reais.
O banco de terrenos atual da Rossi, de 23,8 bilhões de reais no final de março, sendo 67 por cento do total correspondente à parcela da construtora, representa de seis a sete anos de lançamentos.