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Renault nega que veículos tenham sistema para manipular emissões

A Renault garantiu que comprovará que respeitou a regulamentação, mas "reservará suas explicações aos magistrados que instruem o caso"

Renault: a companhia rebateu as revelações divulgadas em um relatório dos serviços antifraude da França (Andrey Rudakov/Bloomberg)
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EFE

Publicado em 15 de março de 2017 às 11h28.

Paris - A Renault reiterou nesta quarta-feira que seus carros não estão equipados com sistemas de manipulação para fraudar as informações sobre o nível de emissões poluentes de seus motores a diesel e insistiu que "nenhum de seus serviços infringiu as regras, europeias ou nacionais, relativas à homologação".

Em comunicado, a companhia rebateu as revelações divulgadas hoje pelo jornal "Libération" sobre um relatório dos serviços antifraude da França, que consideram que a Renault utilizou "estratégias fraudulentas" durante mais de sete anos para manipular as informações dos níveis de poluição de seus motores a diesel.

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"O Grupo Renault examinou um artigo desequilibrado surgido hoje na imprensa nacional relativo ao dossiê 'emissões'", explicou a companhia em relação à informação do "Libération" antes de acrescentar que "não tem a intenção de comentar uma instrução em curso, um processo confidencial por natureza, e ao qual a empresa não tem acesso".

Por isso, o fabricante de veículos afirmou que "não pode confirmar a veracidade, exaustividade e confiabilidade das informações contidas no artigo".

A Renault garantiu que comprovará que respeitou a regulamentação, mas "reservará suas explicações aos magistrados que instruem o caso".

Após insistir que seus veículos "não estão equipados com sistemas de manipulação", a companhia afirmou que a investigação "coloca, entre as autoridades europeias e os Estados-membros, questões de interpretação das normas que regem a homologação de veículos".

A Justiça francesa anunciou em 13 de janeiro que três juízes instrutores iriam realizar invesigações para saber se a Renault tinha manipulado as informações sobre as emissões de poluentes de seus motores nos controles aos quais são submetidos os carros para sua homologação.

As investigações tinham como base um estudo do órgão antifraude vinculado ao Ministério da Economia (DGCCRF, na sigla em francês), no qual foram analisadas as grandes diferenças entre as emissões poluentes de óxido de nitrogênio (NOx) dos veículos Renault nos testes de homologação e em condições reais de utilização.

No caso do Renault Captur, a diferença constatada nas partículas de NOx chegou a 377% e no do Clio IV a 305%.

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