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Reino Unido é campeão de faltas ao trabalho sem motivo

Segundo pesquisa da PwC, ausência não justificada causa perdas de 29 bilhões de libras por ano a empresas do país. Serviço público é o que mais registra faltas

Escritórios vazios: no Reino Unido, empregados perdem uma média de 9,1 dias de trabalho ao ano por motivo de doença ou faltas não autorizadas previamente (Stock.Xchange)

Luísa Melo

Publicado em 17 de julho de 2013 às 20h29.

São Paulo - Um estudo realizado pela consultoria PriceWaterHouseCoopers (PwC) ao redor do mundo mediu a quantidade de faltas dos funcionários em 2,5 mil empresas. O campeão de ausências foi o Reino Unido, onde empregados perdem uma média de 9,1 dias de trabalho ao ano por motivo de doença ou faltas não autorizadas previamente.

Em seguida, aparece a média dos países da Europa Ocidental, com 7,3 dias perdidos ao longo do ano. Nos Estados Unidos, os trabalhadores só faltam 4,9 dias, menos da metade do que faltam os britânicos. Ainda segundo a pesquisa, a Ásia-Pacífico registra o menor índice de faltas, com 2,2 dias de ausência no ano. Só no Reino Unido, que é o foco da pesquisa , essas faltas custaram cerca de 29 bilhões de libras ao ano (algo em torno de 98 bilhões de reais). A América Latina não entrou no estudo.

“As empresas do Reino Unido ainda estão muito atrás de seus pares globais em minimizar o impacto de faltas em seus negócios. É preocupante que trabalhadores britânicos continuem a faltar mais do que quaisquer outros trabalhadores do mundo. A combinação de leis trabalhistas mais flexíveis e o número de dias ausentes pagos nos Estados Unidos e na Ásia, de alguma forma explicam os níveis mais baixos de abstenção. Para os trabalhadores de lá, há uma sensação de que há mais em jogo se eles gastam tempo fora da agenda de trabalho”, avalia o consultor da PwC, Jon Andrews, na pesquisa.

De acordo com o documento, as faltas devido a doenças são a grande maioria, representando cerca de 90% do total que também inclui faltas por motivos emocionais e ações industriais. Não entram no ranking ausências legais como feriados, licenças maternidade e paternidade e serviços jurídicos e militares.

Faltas por atividade

Os resultados da pesquisa feita pela PwC revelam que há uma grande diferença na quantidade de faltas de cada empresa se comparados os setores em que elas atuam. Servidores públicos são os que mais se ausentam do trabalho, numa média de 11,1 dias ao ano, enquanto trabalhadores da área de tecnologia são os que menos faltam, com apenas 3,4 dias perdidos anualmente, em média.

“A variação dos níveis de ausência entre os diferentes setores em toda a Europa Ocidental sugere que o envolvimento dos funcionários, ambiente de trabalho e cultura podem ter uma enorme influência sobre o número de faltas dos funcionários. Empresas de tecnologia muitas vezes lideram em termos de inovação e é possível observar isso em todos os aspectos de seus negócios, incluindo a forma como motivar e engajar a equipe e o nível de flexibilidade no local de trabalho”, diz o consultor de recursos humanos da PwC, Jon Andrews.

Veja tabela com o ranking dos setores que mais registram faltas em 2013.

SetorNº médio de faltas ao ano
Setor estatal11,1
Varejo e lazer9
Engenharia e manufaturados8,7
Mídia e comunicação8,3
Serviços8,1
Seguros7,4
Bancos7,4
Serviços públicos6,9
Químicos6,9
Farmacêuticos6,3
Outras finanças6,1
Tecnologia3,4

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Em seguida, aparece a média dos países da Europa Ocidental, com 7,3 dias perdidos ao longo do ano. Nos Estados Unidos, os trabalhadores só faltam 4,9 dias, menos da metade do que faltam os britânicos. Ainda segundo a pesquisa, a Ásia-Pacífico registra o menor índice de faltas, com 2,2 dias de ausência no ano. Só no Reino Unido, que é o foco da pesquisa , essas faltas custaram cerca de 29 bilhões de libras ao ano (algo em torno de 98 bilhões de reais). A América Latina não entrou no estudo.

“As empresas do Reino Unido ainda estão muito atrás de seus pares globais em minimizar o impacto de faltas em seus negócios. É preocupante que trabalhadores britânicos continuem a faltar mais do que quaisquer outros trabalhadores do mundo. A combinação de leis trabalhistas mais flexíveis e o número de dias ausentes pagos nos Estados Unidos e na Ásia, de alguma forma explicam os níveis mais baixos de abstenção. Para os trabalhadores de lá, há uma sensação de que há mais em jogo se eles gastam tempo fora da agenda de trabalho”, avalia o consultor da PwC, Jon Andrews, na pesquisa.

De acordo com o documento, as faltas devido a doenças são a grande maioria, representando cerca de 90% do total que também inclui faltas por motivos emocionais e ações industriais. Não entram no ranking ausências legais como feriados, licenças maternidade e paternidade e serviços jurídicos e militares.

Faltas por atividade

Os resultados da pesquisa feita pela PwC revelam que há uma grande diferença na quantidade de faltas de cada empresa se comparados os setores em que elas atuam. Servidores públicos são os que mais se ausentam do trabalho, numa média de 11,1 dias ao ano, enquanto trabalhadores da área de tecnologia são os que menos faltam, com apenas 3,4 dias perdidos anualmente, em média.

“A variação dos níveis de ausência entre os diferentes setores em toda a Europa Ocidental sugere que o envolvimento dos funcionários, ambiente de trabalho e cultura podem ter uma enorme influência sobre o número de faltas dos funcionários. Empresas de tecnologia muitas vezes lideram em termos de inovação e é possível observar isso em todos os aspectos de seus negócios, incluindo a forma como motivar e engajar a equipe e o nível de flexibilidade no local de trabalho”, diz o consultor de recursos humanos da PwC, Jon Andrews.

Veja tabela com o ranking dos setores que mais registram faltas em 2013.

SetorNº médio de faltas ao ano
Setor estatal11,1
Varejo e lazer9
Engenharia e manufaturados8,7
Mídia e comunicação8,3
Serviços8,1
Seguros7,4
Bancos7,4
Serviços públicos6,9
Químicos6,9
Farmacêuticos6,3
Outras finanças6,1
Tecnologia3,4
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