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Reestruturação da BRF trará resultados em 2014, diz Abílio

Em conversa com investidores, o presidente do conselho da maior empresa de alimentos do Brasil diz que 2013 foi “ano de arrumar a casa”

Abilio Diniz: "vamos surpreender vocês em 2014", diz o presidente do conselho da BRF (REUTERS/Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2014 às 12h41.

São Paulo – Os resultados do quarto trimestre de 2013 para a BRF ficaram abaixo do esperado pelos analistas, mas não preocuparam Abílio Diniz , ex-Pão de Açúcar e agora presidente do conselho da companhia de alimentos .

Os lucros no período caíram 60% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, chegando a 208 milhões de reais.

Em conversa com investidores e analistas de mercado nesta sexta-feira, Abílio afirmou que 2013 foi “ano de arrumar a casa” e que esperava que as medidas adotadas afetassem de alguma forma os resultados da empresa.

“Não tivemos nenhum imprevisto nesse ano. A companhia precisava receber um choque de rejuvenescimento, e foi isso que procuramos fazer: colocar as pessoas certas nos lugares certos e reorganizar nossos processos”, afirmou o presidente.

“Tanto que, se compararmos o ano de 2013 com o de 2012, crescemos 38%”, disse. O lucro anual foi de 1,1 bilhão de reais.

Ordem na casa

“Quando o Abílio assumiu a presidência do conselho, ele tinha como certo que precisávamos repensar e reorganizar a companhia”, afirmou Cláudio Galeazzi, presidente executivo global da BRF.

O executivo explicou aos investidores como funcionou o processo. Nos primeiros 100 dias de sua gestão, Diniz montou uma equipe de 70 a 80 executivos da empresa para pensarem em um projeto de reestruturação. “O maior foco era transformar a BRF em uma empresa comercial, não mais industrial”, disse.

Foram criados os cargos de presidente executivo nacional e internacional, ocupados respectivamente por Sérgio Fonseca e Pedro Faria, e duas vice-presidências: de planejamento integrado e de marketing.

Empossada a nova diretoria, liderada por Galeazzi, o próximo passo foi reorganizar a produção para o mercado externo. Pensando no foco de uma empresa comercial, a BRF reduziu a produção de frangos para exportação, equacionando a demanda à produção.

“Em vez de tentarmos empurrar as vendas com maior oferta de produtos, decidimos inverter a lógica”, explicou o presidente global. Os escritórios internacionais foram reduzidos pela metade, de 8 para 4, e outros cinco projetos regionais foram cortados.

Ao mesmo tempo, houve um investimento em “áreas onde já tínhamos forte presença”, como o Oriente Médio. A empresa adquiriu fatias de empresas parceiras na região e se prepara para inaugurar a primeira fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que também será a primeira fora do Brasil.

No Brasil

A partir de janeiro deste ano, a preocupação se voltou para o mercado interno. Seu fraco desempenho no último trimestre foi um dos fatores que derrubou os resultados do período.

Segundo os diretores da BRF, o foco agora será no aumento da base de clientes, que já vem apresentando resultados desde o início do ano.

“Vamos surpreender vocês nos resultados deste ano”, disse Abílio Diniz.

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São Paulo – Os resultados do quarto trimestre de 2013 para a BRF ficaram abaixo do esperado pelos analistas, mas não preocuparam Abílio Diniz , ex-Pão de Açúcar e agora presidente do conselho da companhia de alimentos .

Os lucros no período caíram 60% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, chegando a 208 milhões de reais.

Em conversa com investidores e analistas de mercado nesta sexta-feira, Abílio afirmou que 2013 foi “ano de arrumar a casa” e que esperava que as medidas adotadas afetassem de alguma forma os resultados da empresa.

“Não tivemos nenhum imprevisto nesse ano. A companhia precisava receber um choque de rejuvenescimento, e foi isso que procuramos fazer: colocar as pessoas certas nos lugares certos e reorganizar nossos processos”, afirmou o presidente.

“Tanto que, se compararmos o ano de 2013 com o de 2012, crescemos 38%”, disse. O lucro anual foi de 1,1 bilhão de reais.

Ordem na casa

“Quando o Abílio assumiu a presidência do conselho, ele tinha como certo que precisávamos repensar e reorganizar a companhia”, afirmou Cláudio Galeazzi, presidente executivo global da BRF.

O executivo explicou aos investidores como funcionou o processo. Nos primeiros 100 dias de sua gestão, Diniz montou uma equipe de 70 a 80 executivos da empresa para pensarem em um projeto de reestruturação. “O maior foco era transformar a BRF em uma empresa comercial, não mais industrial”, disse.

Foram criados os cargos de presidente executivo nacional e internacional, ocupados respectivamente por Sérgio Fonseca e Pedro Faria, e duas vice-presidências: de planejamento integrado e de marketing.

Empossada a nova diretoria, liderada por Galeazzi, o próximo passo foi reorganizar a produção para o mercado externo. Pensando no foco de uma empresa comercial, a BRF reduziu a produção de frangos para exportação, equacionando a demanda à produção.

“Em vez de tentarmos empurrar as vendas com maior oferta de produtos, decidimos inverter a lógica”, explicou o presidente global. Os escritórios internacionais foram reduzidos pela metade, de 8 para 4, e outros cinco projetos regionais foram cortados.

Ao mesmo tempo, houve um investimento em “áreas onde já tínhamos forte presença”, como o Oriente Médio. A empresa adquiriu fatias de empresas parceiras na região e se prepara para inaugurar a primeira fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, que também será a primeira fora do Brasil.

No Brasil

A partir de janeiro deste ano, a preocupação se voltou para o mercado interno. Seu fraco desempenho no último trimestre foi um dos fatores que derrubou os resultados do período.

Segundo os diretores da BRF, o foco agora será no aumento da base de clientes, que já vem apresentando resultados desde o início do ano.

“Vamos surpreender vocês nos resultados deste ano”, disse Abílio Diniz.

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