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Rede social Ello recebe aporte de US$ 5,5 milhões

A Ello ganhou fama ao se posicionar como uma plataforma "anti-Facebook" e prometer que nunca vai adotar publicidade no site nem guardar os dados de seus usuário

Rede Social Ello: a startup divulgou possuir, atualmente, 14 funcionários nos EUA (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 07h14.

São Paulo - A rede social Ello, que ganhou fama ao se posicionar como uma plataforma "anti-Facebook" e prometer que nunca vai adotar publicidade no site nem guardar os dados de seus usuários, recebeu um investimento de US$ 5,5 milhões dos fundos Foundry Group, Bullet Time Ventures e FreshTracks Capital - este último, já havia feito um aporte de US$ 400 mil na empresa em março.

"O dinheiro vai permitir que tenhamos nosso próprio ritmo e que possamos construir (o produto) em vez de correr e tentar ganhar algum dinheiro", disse ao site Mashable o diretor executivo e cofundador da rede social, Paul Budnitz.

A entrada de investidores na startup levantou dúvidas contra a empresa desde que começou a fazer sucesso e atrair usuários no mundo inteiro. Muitos críticos disseram que o Ello cederia aos anúncios quando fossem pressionados a gerar lucro.

Em resposta a esses questionamentos, a companhia anunciou que se tornou o que chamam de "Empresa de Benefício Público", um tipo de companhia nos EUA que promete direcionar suas ações com o objetivo de ter um impacto positivo na sociedade. Entre suas obrigações está divulgar um relatório anual sobre os benefícios prestados ao público. Nenhum investidor poderia jamais nos forçar a fazer algo contra isso", disse Budnitz ao Mashable.

No seu registro como Empesa de Benefício Público, o Ello escreveu que não venderá dados da empresa a terceiros, não mostrará anúncios na plataforma e que, no caso de uma aquisição, a empresa vai requerer que a outra parte envolvida adote estes termos, uma ação que deve dificultar qualquer tipo de pressão para a rede social agir contra o seu manifesto. A empresa divulgou ainda uma carta assinada por todos os investidores explicando essa decisão.

Seth Levine, do Foundry Group, um dos investidores do Ello, publicou no seu blog um texto sobre o compromisso dos investidores com a missão da empresa.

"Ou nós construímos um negócio que não depende de anúncios de terceiros e da venda de dados ou não faremos negócio", declarou.

"Nossa crença é a de que existem produtos e serviços que o Ello pode desenvolver e pelos quais usuários pagariam. Enquanto o preço pode ser baixo, como parte de um ecossistema muito maior com milhões de usuários, nós vamos conseguir prover um modelo econômico para a companhia que suporte o negócio e nosso investimento."

Os criadores do Ello já haviam anunciado anteriormente que vão adotar o modelo de negócio freemium, no qual o acesso ao site é gratuito, mas recursos extras poderão ser pagos.

A startup divulgou possuir, atualmente, 14 funcionários nos EUA, mas manteve o número de usuários em sigilo. Por hora, 45 mil pessoas pedem convites para o serviço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A rede social Ello, que ganhou fama ao se posicionar como uma plataforma "anti-Facebook" e prometer que nunca vai adotar publicidade no site nem guardar os dados de seus usuários, recebeu um investimento de US$ 5,5 milhões dos fundos Foundry Group, Bullet Time Ventures e FreshTracks Capital - este último, já havia feito um aporte de US$ 400 mil na empresa em março.

"O dinheiro vai permitir que tenhamos nosso próprio ritmo e que possamos construir (o produto) em vez de correr e tentar ganhar algum dinheiro", disse ao site Mashable o diretor executivo e cofundador da rede social, Paul Budnitz.

A entrada de investidores na startup levantou dúvidas contra a empresa desde que começou a fazer sucesso e atrair usuários no mundo inteiro. Muitos críticos disseram que o Ello cederia aos anúncios quando fossem pressionados a gerar lucro.

Em resposta a esses questionamentos, a companhia anunciou que se tornou o que chamam de "Empresa de Benefício Público", um tipo de companhia nos EUA que promete direcionar suas ações com o objetivo de ter um impacto positivo na sociedade. Entre suas obrigações está divulgar um relatório anual sobre os benefícios prestados ao público. Nenhum investidor poderia jamais nos forçar a fazer algo contra isso", disse Budnitz ao Mashable.

No seu registro como Empesa de Benefício Público, o Ello escreveu que não venderá dados da empresa a terceiros, não mostrará anúncios na plataforma e que, no caso de uma aquisição, a empresa vai requerer que a outra parte envolvida adote estes termos, uma ação que deve dificultar qualquer tipo de pressão para a rede social agir contra o seu manifesto. A empresa divulgou ainda uma carta assinada por todos os investidores explicando essa decisão.

Seth Levine, do Foundry Group, um dos investidores do Ello, publicou no seu blog um texto sobre o compromisso dos investidores com a missão da empresa.

"Ou nós construímos um negócio que não depende de anúncios de terceiros e da venda de dados ou não faremos negócio", declarou.

"Nossa crença é a de que existem produtos e serviços que o Ello pode desenvolver e pelos quais usuários pagariam. Enquanto o preço pode ser baixo, como parte de um ecossistema muito maior com milhões de usuários, nós vamos conseguir prover um modelo econômico para a companhia que suporte o negócio e nosso investimento."

Os criadores do Ello já haviam anunciado anteriormente que vão adotar o modelo de negócio freemium, no qual o acesso ao site é gratuito, mas recursos extras poderão ser pagos.

A startup divulgou possuir, atualmente, 14 funcionários nos EUA, mas manteve o número de usuários em sigilo. Por hora, 45 mil pessoas pedem convites para o serviço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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