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1. Vivendi fecha acordo milionário com a CVM
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1/5 (Getty Images)
No começo de dezembro, o conglomerado francês Vivendi fechou um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para extinguir um processo no qual era acusado de possível fraude na compra do controle da GVT. A Vivendi apresentou, inicialmente, proposta de pagar à CVM a quantia de 5 milhões de reais. Diante da negativa da CVM, a empresa elevou a oferta para 150 milhões de reais. "O valor do compromisso se afigura proporcional à gravidade das imputações formuladas, sendo suficiente para desestimular a prática de condutas assemelhadas", informou a CVM. Esse é o maior acordo do tipo já fechado no país. Apesar do pagamento, a empresa afirmou que não reconheceu qualquer irregularidade em relação à aquisição da GVT. A Vivendi foi acusada de não oferecer informação completa sobre a quantidade de ações que detinha da GVT, levando o mercado a acreditar que a empresa francesa já tinha volume suficiente para evitar que outras empresas fizessem ofertas pela GVT. A Vivendi adquiriu a GVT em novembro do ano passado por 7,2 bilhões de reais.
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2. Airbus e os fornecedores
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2/5 (Divulgação)
Em 2010 a Aibus se viu às voltas com problemas de fornecedores. Com o A380, o problema foi nos motores fabricados pela Rolls-Royce. Em 4 de novembro, um Airbus A380 da Qantas que ia a Sydney precisou retornar ao aeroporto de Cingapura ao sofrer uma explosão após um dos motores da fabricante britânica Rolls-Royce pegar fogo. A Rolls-Royce se comprometeu a resolver o problema do vazamento de óleo nos motores "Trent 900". A Airbus afirmou que o distúrbio causado pelo acidente poderá atrasar as entregas de A380s em 2011. Outro problema foi com as sondas "Pitot", fabricadas pela Thales – e que foram acusadas de colaborar no acidente da Air France do dia 1º de junho de 2009, com a aeronave que cobria a rota Rio de Janeiro-Paris. No final de novembro a Air France acusou a Airbus por um suposto defeito na aeronave que caiu no dia 1º de junho de 2009, quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris. A companhia aérea informou que a Airbus teria negligenciado os alertas sobre os incidentes que a empresa aérea vinha verificando com as sondas "Pitot" - que medem a velocidade e são fabricadas pela companhia francesa Thales.
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3. Toyota e a multa recorde
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3/5 (Getty Images)
Os pedais do acelerador da Toyota – e mais diversos problemas – lhe renderam dias amargos em 2010. A empresa teve que pagar aos Estados Unidos uma multa de 16,4 milhões de dólares por não ter alertado com rapidez o governo sobre as falhas no pedal do acelerador de seus veículos. A multa é a maior penalidade civil já imposta a uma montadora de veículos no país. Uma crise no fim de 2009 e início de 2010 obrigou a Toyota a convocar o recall de mais de 10 milhões de automóveis no mundo por uma série de problemas técnicos; em particular, os pedais de aceleração, que poderiam ficar bloqueados. O problema das falhas no pedal foi associado a quase 50 mortes nos Estados Unidos. Naquele país, as montadoras têm cinco dias úteis para notificar os reguladores quanto a possíveis defeitos, segundo autoridades locais. A montadora alegou que o pagamento da multa não representava a admissão de erros por parte da empresa. A Toyota anunciou em dezembro o que possivelmente será seu último recall desse ano. Foram convocados 94.000 veículos Sienna tipo "van" modelo 2011, devido a um problema nas luzes dos freios.
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4. MGM e a concordata
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4/5 (AFP)
A Metro-Goldwyn-Mayer Studios já vivia uma situação penosa há algum tempo. Em novembro desse ano, o estúdio de Hollywood pediu concordata. A MGM possui o maior catálogo de filmes do mundo, com 4.000 títulos, entre eles, sucessos como E O Vento Levou. Sua dívida é um milhão de vezes maior – é superior a 4 bilhão de dólares. O investidor bilionário Carl Icahn disse que chegou a um acordo com a MGM e seus credores antes do pedido de proteção contra falência para ajudar o estúdio. Segundo o investidor, pelo plano a MGM vai adotar mudanças na governança corporativa e não vai adquirir o catálogo de filmes da Cypress. Icahn também terá o direito de apontar um diretor para o conselho da MGM quando a empresa sair da concordata. A MGM registrava uma receita de 350 milhões de dólares anuais, mas só os juros da dívida consumiam cerca de 250 milhões por ano. Os credores pressionam para a venda da companhia desde o final de 2009.
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5. Deloitte e os balanços problemáticos
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5/5 (GETTY IMAGES)
A Deloitte foi criticada em 2010 por não ter encontrado um rombo de 2,5 bilhões de reais no banco PanAmericano – do qual ela era responsável pela auditora independente desde 2001. Este não foi o único caso. A consultoria também é suspeita de deixar passar problemas nas contas do Carrefour e da Brasil Telecom. Os três casos representam perdas totais próximas de 5,5 bilhões de reais para as empresas. O caso mais ruidoso, porém, foi o do PanAmericano. A Deloitte afirmou em entrevistas à imprensa que não é culpada pelo que ocorreu no banco – assim como nos outros casos - e que quer restaurar sua reputação. Mas, agora, isso ficou para 2011.