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Queixas de fãs de Star Wars geram dor de cabeça para Disney

O Lucasfilm, estúdio de “Star Wars” comprado pela Disney por US$ 4 bilhões em 2012, tem tido uma série de problemas de produção

Poster do filme Han Solo: Uma história Star Wars (Star Wars/Facebook/Divulgação)

Poster do filme Han Solo: Uma história Star Wars (Star Wars/Facebook/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 26 de junho de 2018 às 08h00.

Última atualização em 26 de junho de 2018 às 08h00.

A Walt Disney mais uma vez está em desacordo com os fãs de “Star Wars”.

Após o desempenho ruim de “Solo: Uma História Star Wars” - que deve se tornar o primeiro filme da série a gerar prejuízo -, a Disney enfrenta críticas relacionadas ao gerenciamento de uma das franquias mais lucrativas de Hollywood. A empresa enfrenta boatos de que seu próximo filme “Star Wars” independente pode ser adiado e um esforço de um grupo de fãs para que “Os Últimos Jedi”, que saiu em dezembro, seja refeito.

As reclamações da fervorosa base de fãs da série não é novidade para a Disney. Mas a empresa estava menos vulnerável aos ataques quando tinha um histórico impecável. Após a fraca exibição de “Solo” e as vendas decepcionantes de brinquedos de “Star Wars” nas últimas festas de fim de ano, há mais evidências do que nunca de que as pessoas estão cansando da franquia. O crescimento das redes sociais também facilitou as reclamações dos fãs.

“Vendo a situação como um todo, todos os filmes de ‘Star Wars’ têm sido divisivos até certo ponto porque a base de fãs é muito apaixonada”, disse Shawn Robbins, analista-chefe da empresa de pesquisa Box Office Pro. “Hoje isso fica mais evidente devido às redes sociais, que trazem as reclamações à tona.”

O Lucasfilm, estúdio de “Star Wars” comprado pela Disney por US$ 4 bilhões em 2012, tem tido uma série de problemas de produção que chegaram à esfera pública. Desde 2014 -- quando o CEO Bob Iger apresentou planos para três episódios e “pelo menos três” spinoffs (títulos independentes) -- os filmes precisaram ser refilmados, reescritos ou tiveram mudanças de diretor.

No caso de “Solo”, a Disney mudou de rumo no meio da produção e trouxe Ron Howard como diretor substituto -- potencialmente a decisão mais cara até o momento. E a aposta não foi compensada pelas bilheterias. O estúdio pode acabar tendo que realizar uma baixa contábil de US$ 50 milhões por causa do filme, segundo Barton Crockett, analista da B. Riley FBR.

Esse resultado foi seguido de um artigo sobre o filme no website Collider de que o próximo spinoff foi colocado em espera. Mas uma pessoa a par dos planos da Disney disse que a informação sobre o adiamento dos spinoffs é incorreta. Ainda há vários filmes em desenvolvimento, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada porque as deliberações são privadas.

A Disney, que tem sede em Burbank, Califórnia, afirmou que não comenta rumores sobre “Star Wars”.

A Disney não anunciou planos para um terceiro filme independente, mas publicações do setor em Hollywood informaram que os próximos filmes podem se concentrar no mestre jedi Obi-Wan Kenobi e no caçador de recompensas Boba Fett. Antes de um filme ter o lançamento programado, o estúdio pode passar anos desenvolvendo projetos e mudando planos sem compromisso -- muitas vezes sem que muita gente saiba.

 

 

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