Quebra da safra de milho pode chegar a 900 mil toneladas em MT
Brasília - Apesar de ter contribuído para a safra recorde de grãos no país, o clima prejudicou sensivelmente a produção de milho de Mato Grosso. De acordo com o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, a perda no estado pode chegar a 900 mil toneladas. "O dado […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Apesar de ter contribuído para a safra recorde de grãos no país, o clima prejudicou sensivelmente a produção de milho de Mato Grosso. De acordo com o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto, a perda no estado pode chegar a 900 mil toneladas.
"O dado que poderá ter alguma novidade é o milho safrinha, principalmente no estado de Goiás, porque tivemos um veranico que afetou a produtividade de forma muito significativa em Mato Grosso. Lá, tivemos uma queda acentuada de 900 mil toneladas pela projeção anterior, disse o diretor da Conab, durante a apresentação dos resultados do 9º Levantamento da Safra de grãos para o período 2009-2010. Estamos agora atentos ao estado de Goiás para ver qual será o comportamento".
Na Região Nordeste, a queda se deu na produção de arroz. Mas não foi expressiva, segundo Porto. "Há estoque público do produto e isso nos dá tranquilidade para dizer que haverá disponibilidade de arroz para o mercado", assegurou.
Já a safra de trigo pode reservar surpresas boas. Porto explicou que as análises da Conab sobre a produção de trigo foram conservadoras e que, por isso, o país poderá ser "surpreendido positivamente", mas ainda é cedo para comemorar. "O trigo sempre apresenta uma situação inusitada e é difícil fazer uma projeção em função dos aspectos climáticos".
Quanto à safra de grãos como um todo, a projeção feita pela Conab está se consolidando em 147 milhões de toneladas.
Sobre a influência dos hortigranjeiros na alta da inflação, Sílvio Porto disse que o tomate e a batata foram os mais prejudicados pelas chuvas. "Mas a resposta em termos de produção virá rapidamente, em função do ciclo curto, que pode mudar a situação em 60 dias".