Os pontos turísticos do Rio não foram as principais atrações para os executivos do Wuestenrot (Bruno Leivas/Stock.Xchng)
Daniela Barbosa
Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 11h50.
São Paulo - O banco alemão de crédito hipotecário Wuestenrot está sendo investigado por "premiar" seus melhores funcionários com uma viagem para o Rio de Janeiro e, de quebra, ganhar a companhia de prostitutas brasileiras.
Segundo informou o jornal alemão Handelsblatt, dois funcionários da instituição financeira já foram afastados, pois são suspeitos de participar de "festas pesadas", como classificou o jornal.
Há também a suspeita de que executivos do banco tenham levado prostitutas para os quartos durante a estadia no Brasil. A viagem aconteceu em abril de 2010 e consta no calendário de eventos do banco.
O caso, no entanto, não é o primeiro envolvendo uma companhia alemã. No começo deste ano, a seguradora Munich Re foi investigada porque resolveu motivar seus melhores vendedores com uma festa na casa de banhos termais em Budapeste com a presença de prostitutas.
Em 2005, a Volkswagen também passou por sérios problemas após a revelação de um escândalo envolvendo orgias, desvio de dinheiro e propinas. O esquema de corrupção passava por vários níveis hierárquicos e usava dinheiro da empresa para subornar fornecedores, fazer luxuosas viagens e pagar prostitutas para os executivos.
A prática de motivar ou recompensar funcionários com a contratação de prostitutas é normal (sim, você leu certo) na Alemanha, segundo a revista Der Spiegel.
O esquema é levado tão a sério no país, que existem companhias que separam um orçamento extra para realização de orgias. Como fica esse budget, em tempos de crise da União Europeia?