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Programas de fidelidade são reformulados para elevar lucros

Associação Internacional de Transporte Aéreo prevê uma queda de 3,5% nos preços das passagens este ano


	Aviação: vender passagens não é mais lucrativo
 (Eric Thayer/AFP/AFP)

Aviação: vender passagens não é mais lucrativo (Eric Thayer/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 10h00.

Berlim - Assoladas por baixos preços de passagens e uma concorrência acirrada, as companhias aéreas ao redor do mundo estão acordando para o valor de seus programas de fidelidade e se dando conta de que eles podem elevar os lucros e também o perfil da marca.

Diversas companhias aéreas globais - preservadas por complexas regras de propriedade transfronteiriça que limitam o fechamento de negócios - significa que simplesmente vender passagens não é mais lucrativo.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) prevê uma queda de 3,5 por cento nos preços das passagens este ano, e que as margens de lucro líquido das companhias aéreas irão alcançar apenas 2,4 por cento. Conforme as companhias aéreas buscam novas maneiras de fazer dinheiro, muitas as estão encontrando bem enterradas em seus departamentos de marketing.

Datando do lançamento em 1981 do AAdvantage da American Airlines, os programas de fidelidade eram usados originalmente para encorajar um consumidor a gastar dinheiro apenas com uma companhia aérea através da oferta de voos gratuitos uma vez que milhas suficientes fossem acumuladas.

Hoje em dia, no entanto, os programas, com uma riqueza em dados de consumidores, se tornaram uma moeda em si à medida que as companhias aéreas se dão conta de seu valor para companhias como operadoras de cartão de crédito, companhias de aluguel de carros e hotéis.

Por exemplo: a Delta obteve 675 milhões de dólares da American Express por seu programa Skymiles entre 2011 e 2013, segundo a analista Nadejda Popova da Euromonitor.

Estes não são os únicos tipos de acordos aos quais as companhias aéreas se voltaram, cada vez mais criativas conforme os lucros despencam. Em 2013, a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da brasileira Smiles ajudou a Gol a reduzir a dívida líquida.

Agora, observadores do setor esperam mais acordos do tipo, cisões e listagens em mercados acionários à medida que as companhias aéreas tentam destravar mais valor destes negócios - e por sua vez gerar mais receita nova.

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