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Prisão dos Batista não aumentou risco da JBS, avalia Bradesco

O presidente da instituição destacou que "o relacionamento dos bancos é com a pessoa jurídica, não com a pessoa física"

JBS: para o banco, o cenário não torna necessário o reforço nas provisões para devedores duvidosos (Ueslei Marcelino/Reuters)

JBS: para o banco, o cenário não torna necessário o reforço nas provisões para devedores duvidosos (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 13h42.

São Paulo - O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou nesta quinta-feira, 14, que as prisões dos irmãos Batista na última semana não impactam o risco da JBS para os bancos.

O relacionamento das instituições financeiras, conforme o executivo, é com a empresa e não com as pessoas físicas e, por isso, não se faz necessário, neste momento, o reforço nas provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs.

"Os bancos prorrogaram mais de 90% do crédito de curto prazo da empresa. O relacionamento dos bancos é com a pessoa jurídica, com a administração, e não com a pessoa física", disse ele, durante a premiação Empresas Mais, promovido pelo Grupo Estado. "A empresa tem um fluxo", acrescentou.

Trabuco explicou que as prisões não acimentam o risco da JBS, porque a renegociação de dívidas da empresa foi feita com base em aumento de garantias. Sobre eventual impacto da delação no acordo da leniência fechado pela holding J&F, o executivo disse que não tinha condições de comentar.

Recentemente, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander, HSBC, Citi e outros bancos estrangeiros acordaram em empurrar a dívida de R$ 17 bilhões da JBS por 24 meses.

Em troca, essas instituições exigiram que 80% dos recursos obtidos com a venda de ativos da holding J&F fossem destinados para abater os débitos dessas empresas com os bancos.

O Itaú Unibanco, com exposição de cerca de R$ 1,5 bilhão, foi o único que ficou de fora do acordão e optou por um acerto individual.

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