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Para presidente da Vale, Brasil é o melhor lugar para construir siderúrgicas

Na inauguração da ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, Roger Agnelli destacou possível aumento da demanda

Usina da CSA: país é o mais promissor para siderúrgicas, diz a Vale (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - Na manhã de hoje (18/6), ThysenKrupp e Vale inauguraram a ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, em Santa Cruz (RJ), próximo ao porto de Sepetiba. O projeto começou a ser pensado em 2004 e foi anunciado em 2006. Na inauguração, o presidente da Vale, Roger Agnelli, destacou o papel do Brasil nesse setor.

"Entendemos que o Brasil é o melhor lugar para produzir aço", disse Agnelli. A CSA surge em um momento de aquecimento econômico. "O grande problema de uma siderúrgica, quando se investe esse montante, é ter mercado para colocar", disse Agnelli. Segundo o presidente da Vale, o mercado brasileiro ainda não é grande o suficiente, mas deve crescer.

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"Se a gente olhar o pré-sal, a necessidade de aço é imensa", disse Agnelli. Além dessa demanda crescente, a demanda pelo aço da Vale nos próximos cinco anos também será grande, segundo o presidente, e o excesso de produção de hoje deve acabar logo. O CEO da Thyssen, Ekkehard Schulz, estimou que, em três ou quatro anos, a economia global terá voltado à sua forma, e espera que nesse momento a CSA tenha atingido sua capacidade máxima "e produzir não cinco, mas seis milhões de toneladas", disse.

Agnelli afirmou que a demanda por minério continua firme, liderada pela China, uma vez que os EUA não são um grande consumidor de minérios brasileiros porque têm suas minas. "Se o preço vai flutuar, isso é o mercado que vai dizer. O que posso garantir é que o mercado continua muito firme", disse Agnelli.

A participação da Vale na CSA é de 26,87%, sendo o restante parte da ThyssenKrupp. O complexo siderúrgico vai aumentar em 40% as exportações brasileiras, segundo a Vale.

Mais três

A CSA é a primeira das quatro siderúrgicas nas quais a Vale participa. Os projetos siderúrgicos nos quais a Vale está diretamente envolvida totalizam 21 bilhões de dólares, com geração de mais de 80.000 empregos na implantação, segundo a empresa.


Na próxima terça-feira (22/6), a Vale pretende iniciar, oficialmente, os trabalhos na Alpa (Aços Laminados do Pará), sendo que os serviços já se iniciaram por lá. O início das operações está previsto para 2013. A Alpa tem investimento previsto de 3,2 bilhões de dólares e geração de 16.000 empregos na fase de implantação. Ela está localizada no Distrito Industrial de Marabá, no Pará, e terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas, segundo a Vale.

A siderúrgica é um investimento 100% da mineradora. Em novembro de 2009, a empresa e a Aço Cearense assinaram um memorando de entendimentos para implantação das linhas de laminação da Alpa: bobinas a quente (710.000 toneladas ano), bobinas a frio (450.000 toneladas ano) e galvanizados (150.000 toneladas ano).

Os outros projetos são a CSP e a CSU. A CSP (Companhia Siderúrgica do Pecém) é uma parceria da Vale (49%) com a coreana Dongkuk (51%) para a construção de uma usina integrada para a produção de placas de aço no Complexo Industrial e Portuário de Pecém, no Ceará. As obras de terraplenagem foram iniciadas no dia 16 de dezembro de 2009, e a companhia deverá entrar em operação em 2014. A usina terá capacidade de produção anual de 3 milhões de toneladas ano de placas de aço para exportação (6 milhões na segunda fase). A CSP conta com investimento previsto de 4 bilhões de dólares (na primeira fase).

A CSU (Companhia Siderúrgica Ubu) era uma parceria da Baosteel e Vale, assinada em 2007. Em janeiro de 2009, problemas ambientais levaram a Baosteel desistir do projeto, levando a Vale a assumir 100% da participação da CSU.

O início das operações está previsto para 2014, com projeção de capacidade anual de 5 milhões de toneladas de placas de aço A usina será instalada em Anchieta, região Sul do Espírito Santo. A CSU tem investimento previsto de 6,2 bilhões de dólares.


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