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Presidente da Portugal Telecom destaca "méritos" em venda da Vivo

Empresa anunciou na quarta-feira passada a venda à Telefónica dos 30% que controlava da Vivo por 7,5 bilhões de euros

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Lisboa - O presidente-executivo da Portugal Telecom (PT), Zeinal Bava, afirmou que a empresa tem méritos ao ter encontrado uma solução para a brasileira Vivo após a oferta da Telefónica.

A PT anunciou na quarta-feira passada a venda à Telefónica dos 30% que controlava da Vivo por 7,5 bilhões de euros, quase três meses depois que a companhia espanhola fez a primeira oferta, de 6,5 bilhões de euros, número elevado em quatro ocasiões.

O acordo pôs fim a longas negociações que tinham sido interrompidas no dia 16 de julho por causa do veto do Estado português à operação, alegando a defesa de valores estratégicos para o país.

Em entrevista exclusiva ao jornal luso "Diário de Notícias", publicada neste domingo, Bava reconheceu que o poder de veto utilizado pelo Governo luso permitiu à PT receber um valor mais alto que o oferecido até então (7,15 bilhões de euros).

Bava acrescentou que este tempo extra permitiu que a PT chegasse a um acordo com a Oi para adquirir uma participação de 22,4% e continuar no mercado brasileiro.

"Estamos no Brasil para permanecer 500 anos", assegurou o presidente-executivo da PT, acrescentando que continua sem estar "preocupado com o curto prazo", pois "ao vender a Vivo por 7,5 bilhões de euros e investindo 3,75 bilhões na Oi, ainda fica uma ampla flexibilidade financeira para continuar potencializando nosso projeto empresarial".

Bava também se referiu à relação que terá sua empresa a partir de agora com a Telefónica e assegurou que continuarão com "uma aliança estratégica em desenvolvimento de sinergias e redução de custos", embora "fora do Brasil".

Perguntado se a companhia espanhola continua sendo de confiança para PT após a operação da Vivo, Bava afirmou que "no mundo dos negócios é preciso ser pragmático".

Lembrou que embora a espanhola não continuará no capital da PT, nem vai ter representação em seu Conselho de Administração, há âmbitos nos quais as duas companhias podem seguir colaborando. EFE

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