Prejuízo da OGX em 2010 sobe 34,6%, para R$ 135,5 mi
O prejuízo atribuído aos acionistas controladores foi de R$ 123,5 milhões
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2011 às 21h45.
São Paulo - A OGX registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 135,525 milhões em 2010, mostrando evolução de 34,6% sobre o resultado negativo de 2009. O prejuízo atribuído aos acionistas controladores foi de R$ 123,5 milhões. Segundo a empresa, o resultado foi impactado principalmente pela redução de receitas financeiras em relação ao exercício anterior (R$ 694,4 milhões contra R$ 872,7 milhões).
Além do resultado financeiro de R$ 258,5 milhões, houve despesas de exploração de R$ 97,8 milhões e despesas gerais e administrativas de R$ 319 milhões, parcialmente compensadas pelo crédito de Imposto de Renda e Contribuição Social de aproximadamente R$ 22,9 milhões e pela participação dos minoritários de R$ 12 milhões.
Conforme o relatório que acompanha a demonstração de resultado, com a aplicação do caixa em ativos de renda fixa à taxa média bruta acumulada de 104,53% do CDI, o rendimento das aplicações financeiras foi de R$ 585,4 milhões. Além disso, a empresa registrou R$ 423,3 milhões de perdas líquidas realizadas em operações de hedge de compromissos futuros em moeda estrangeira (dólar americano). O efeito no resultado do valor justo de instrumentos financeiros ("marcação a mercado") em 2010 foi positivo em R$ 74,9 milhões.
As despesas gerais e administrativas foram predominantemente impactadas pelo Plano de Opções concedido pelo acionista controlador em R$ 126,5 milhões, sendo que este, apesar de contabilizado devido ao regime contábil IFRS, não representa desembolso efetivo pela companhia. Também houve o aumento do quadro passando de 147 para 213 colaboradores durante o ano de 2010, o que trouxe maiores custos com pessoal e de escritório, bem como por aqueles necessários à condução e gestão das operações da companhia e de suas controladas.
Os principais investimentos realizados pela OGX em 2010 foram relacionados à campanha exploratória, num total de aproximadamente R$ 2,4 bilhões. Também foram desembolsados R$ 74,7 milhões com a execução da campanha sísmica, considerando as etapas de aquisição, processamento e interpretação dos dados na Bacia de Campos, Santos, Espírito Santo, Pará-Maranhão e do Parnaíba.
A empresa observa que 2010 também foi marcado pela intensificação das atividades, principalmente a campanha de perfuração, que se traduziu em descobertas e mais de 30 poços com descoberta de óleo e/ou gás natural, desde o início da campanha exploratória. Mesmo com os efeitos desse ritmo se refletindo nos resultados financeiros, a companhia encerrou o exercício com posição de caixa de aproximadamente R$ 4,8 bilhões, equivalente a US$ 2,9 bilhões.