Mesmo com a escassez de crédito no mercado dos últimos meses e a queda da demanda por computadores, a Positivo informática deve recuperar sua rentabilidade para patamares mais satisfatórios ao longo dos próximos trimestes, segundo a corretora Brascan.

A Positivo ainda sofreu os reflexos do desaquecimento econômico no primeiro trimestre, obtendo uma margem ebtida (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) de apenas 2,0%, 9,9 pontos percentuais inferiores ao mesmo período do ano passado.

Os analistas da Bracan, que estiveram reunidos com representantes da Positivo, consideram que os problemas com a elevação dos níveis de estoques e a falta de confiança do consumidor começam a dar sinais de que estão arrefecendo.

A companhia obteve queda de 9,6% em suas vendas nos últimos três meses do ano passado, no entanto, esse valor ainda foi melhor do que os principais concorrentes do setor. E os ganhos de participação de mercado nesse período escasso trazem melhores perspectivas para os próximos meses.

De acordo com a diretoria de Relações com investidores da empresa, representada por Ariel Szwarc e pela Silvia Emanoele, a fabricante de PCs já observa um leve aumento na demanda,e, por isso, tem aumentado sua produção de computadores neste ano.

Além disso, as expectativas de vendas para a classe C, principal foco da fabricante, são altas. Uma vez que somente 25% dos domicílios do segmento possuem um computador. Szwarc e Emanoele acreditam que a companhia saia ganhando diante dos rivais, pois sua escala de vendas lhe confere um alto grau de negociação, tanto com fornecedores quanto com grandes redes de varejo.

Outro fator que contribui para a recuperação da rentabilidade da empresa são os pedidos de 350 mil computadores por órgãos do governo, que devem ser entregues a partir do segundo semestre.

Às 11h35, as ações ordinárias da Positivo (POSI3, com direito a voto) subiam 2,75%, para 10,48 reais.