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Por que alguém gostaria de ser presidente do Yahoo?

Para um executivo, amarrar sua reputação à do Yahoo é um grande risco, dizem especialistas

Enquanto a companhia procura por um substituto para Bartz, o maior obstáculo deve ser o histórico dos antigos ocupantes (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2011 às 16h29.

Nova York - Há poucas maneiras mais garantidas de um executivo perder uma boa reputação do que assumir a presidência do Yahoo. Pergunte a Carol Bartz ou Terry Semel.

Enquanto a companhia procura por um substituto para Bartz, o maior obstáculo deve ser o histórico dos antigos ocupantes do posto depois que foram contratados pelo Yahoo.

"Eles vão enfrentar sérias dificuldades para preencher o cargo", disse um consultor do setor de tecnologia que pediu que seu nome não fosse divulgado por possuir elos com o Yahoo. "Não é provável que os melhores executivos aceitem trabalhar na empresa".

Uma segunda fonte próxima ao Yahoo disse que "para um executivo, amarrar sua reputação à do Yahoo é um grande risco. Ninguém conseguiu reverter essa situação até agora".

Bartz chegou ao Yahoo em 2009, como a presidente-executiva de retórica firme e com foco nos lucros, responsável pelo prodigioso crescimento no faturamento e nos preços das ações da produtora de software Autodesk.

Ao deixar o Yahoo, na terça-feira, era vista como líder incapaz de inovar e desprovida de visão, e que não se havia provado capaz de trazer alta às ações ou melhora no desempenho operacional da companhia.

A opinião dominante também é a de que ela assinou um mau acordo ao entregar as operações de busca do Yahoo ao controle da Microsoft.


"A queda de Bartz demonstra que empresas que perderam sua posição de destaque na Internet são difíceis de recuperar", disse Laura Martin, analista da Needham & Co. "Sua falta de sucesso aponta para o risco de que a tarefa talvez seja para qualquer um (a menos que seu nome seja Steve Jobs)".

Jerry Yang, co-fundador do Yahoo, serviu como presidente-executivo da empresa imediatamente antes de Bartz. Mas mesmo que seja um empresário muito admirado, durou apenas um ano no posto e, aos olhos dos investidores, se transformou de alma da companhia em um tolo que recusou uma oferta de aquisição de 45 bilhões de dólares, pela Microsoft, por motivos que alguns acreditam ter mais a ver com ego do que com causas econômicas.

E há o caso de Terry Semel, que antes de dirigir o Yahoo comandou a Warner Bros por 24 anos, transformando o estúdio em companhia bilionária.

Mas esses sucessos são memórias distantes, e Semel hoje é mais conhecido por ter faturado cerca de 500 milhões de dólares em salário nos seus seis anos de comando no Yahoo, sem conseguir mudar o foco da empresa para o conteúdo e permitindo que ficasse para trás em termos de tecnologia e inovação.

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Enquanto a companhia procura por um substituto para Bartz, o maior obstáculo deve ser o histórico dos antigos ocupantes do posto depois que foram contratados pelo Yahoo.

"Eles vão enfrentar sérias dificuldades para preencher o cargo", disse um consultor do setor de tecnologia que pediu que seu nome não fosse divulgado por possuir elos com o Yahoo. "Não é provável que os melhores executivos aceitem trabalhar na empresa".

Uma segunda fonte próxima ao Yahoo disse que "para um executivo, amarrar sua reputação à do Yahoo é um grande risco. Ninguém conseguiu reverter essa situação até agora".

Bartz chegou ao Yahoo em 2009, como a presidente-executiva de retórica firme e com foco nos lucros, responsável pelo prodigioso crescimento no faturamento e nos preços das ações da produtora de software Autodesk.

Ao deixar o Yahoo, na terça-feira, era vista como líder incapaz de inovar e desprovida de visão, e que não se havia provado capaz de trazer alta às ações ou melhora no desempenho operacional da companhia.

A opinião dominante também é a de que ela assinou um mau acordo ao entregar as operações de busca do Yahoo ao controle da Microsoft.


"A queda de Bartz demonstra que empresas que perderam sua posição de destaque na Internet são difíceis de recuperar", disse Laura Martin, analista da Needham & Co. "Sua falta de sucesso aponta para o risco de que a tarefa talvez seja para qualquer um (a menos que seu nome seja Steve Jobs)".

Jerry Yang, co-fundador do Yahoo, serviu como presidente-executivo da empresa imediatamente antes de Bartz. Mas mesmo que seja um empresário muito admirado, durou apenas um ano no posto e, aos olhos dos investidores, se transformou de alma da companhia em um tolo que recusou uma oferta de aquisição de 45 bilhões de dólares, pela Microsoft, por motivos que alguns acreditam ter mais a ver com ego do que com causas econômicas.

E há o caso de Terry Semel, que antes de dirigir o Yahoo comandou a Warner Bros por 24 anos, transformando o estúdio em companhia bilionária.

Mas esses sucessos são memórias distantes, e Semel hoje é mais conhecido por ter faturado cerca de 500 milhões de dólares em salário nos seus seis anos de comando no Yahoo, sem conseguir mudar o foco da empresa para o conteúdo e permitindo que ficasse para trás em termos de tecnologia e inovação.

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