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Por que a Bunge vai investir US$ 2,5 bi no Brasil, em seis respostas do CEO mundial

Alberto Weisser e Pedro Parente, CEO do Brasil, justificam os US$ 2,5 bilhões que a Bunge investirá no país

Alberto Weisser, presidente mundial da Bunge (Divulgação)

Daniela Barbosa

Publicado em 19 de agosto de 2011 às 10h45.

São Paulo – A Bunge anunciou, nesta quinta-feira (18/8), que vai investir 2,5 bilhões de dólares no Brasil até 2016. A dinheirama servirá para que a empresa se torne autossuficiente em energia, além de gerar excedente de energia para vender a clientes.

Os planos da Bunge para os próximos cinco anos no Brasil nos setores de açúcar e bioenergia têm um propósito fundamental: fazer a companhia crescer em um setor no qual ela ainda não mantém a liderança.

Em entrevista a EXAME.com, Alberto Weisser, presidente do conselho de administração e CEO mundial da Bunge, e Pedro Parente, presidente da Bunge no Brasil, os executivos afirmaram que há interesse comercial na operação e que o retorno previsto é maior que a cifra bilionária que a empresa vai investir.

Confira, a seguir, trechos da entrevista concedida por eles por telefone:

EXAME.com – O que significa para a Bunge deixar de ser consumidora a geradora de energia no país?
Alberto Weisser –
Estamos muito orgulhosos com esse investimento, além do lado sustentável da operação, há também o interesse comercial no negócio. Não dá para falar de valores, ainda, mas a equação fundamental que podemos fazer é que o retorno é maior que o que vamos investir, senão não valeria a pena.

Pedro Parente, CEO da Bunge no Brasil (CLAUDIO GATTI)

EXAME.com – Qual a meta de produção de energia? Até 2014, vocês querem ser autossuficientes, correto?
Pedro Parente –
A nossa produção hoje é 250 GWh por ano, mas consumimos 700 GWh por ano. Até 2016, estimamos que nossa produção chegue a 1500 GWh. A combinação será perfeita, pois reduzirá os custos da companhia, além do retorno.

EXAME.com – Por que o setor de açúcar e energia é importante para Bunge?
Weisser –
Entramos nesse segmento recentemente, em 2006, e é um dos únicos que ainda não somos líderes. Já somos muito grandes em outros setores, como óleo e fertilizantes.  Queremos crescer com velocidade neste a partir de agora.

EXAME.com – Os investimentos contemplam a construção de alguma nova unidade fabril?
Parente –
Não. Vamos investir na ampliação das nossas oito usinas já existentes. Nossa meta é ampliar capacidade. Queremos chegar a capacidade de 50 milhões de toneladas ano nos próximos cinco anos.

EXAME.com – Os recursos utilizados virão de onde?
Weisser –
Vamos utilizar recursos próprios da companhia. Os primeiros investimentos que fizemos não geraram muito retorno, pois eram greenfield (começado do zero), mas a partir de agora será cada vez melhor, os custos já são fixos.

EXAME.com – Há outro investimento como esse feito pela Bunge em outras partes do mundo?
Weisser –
Nessas proporções não. Acreditamos no potencial do mercado brasileiro para avançar neste setor.

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São Paulo – A Bunge anunciou, nesta quinta-feira (18/8), que vai investir 2,5 bilhões de dólares no Brasil até 2016. A dinheirama servirá para que a empresa se torne autossuficiente em energia, além de gerar excedente de energia para vender a clientes.

Os planos da Bunge para os próximos cinco anos no Brasil nos setores de açúcar e bioenergia têm um propósito fundamental: fazer a companhia crescer em um setor no qual ela ainda não mantém a liderança.

Em entrevista a EXAME.com, Alberto Weisser, presidente do conselho de administração e CEO mundial da Bunge, e Pedro Parente, presidente da Bunge no Brasil, os executivos afirmaram que há interesse comercial na operação e que o retorno previsto é maior que a cifra bilionária que a empresa vai investir.

Confira, a seguir, trechos da entrevista concedida por eles por telefone:

EXAME.com – O que significa para a Bunge deixar de ser consumidora a geradora de energia no país?
Alberto Weisser –
Estamos muito orgulhosos com esse investimento, além do lado sustentável da operação, há também o interesse comercial no negócio. Não dá para falar de valores, ainda, mas a equação fundamental que podemos fazer é que o retorno é maior que o que vamos investir, senão não valeria a pena.

Pedro Parente, CEO da Bunge no Brasil (CLAUDIO GATTI)

EXAME.com – Qual a meta de produção de energia? Até 2014, vocês querem ser autossuficientes, correto?
Pedro Parente –
A nossa produção hoje é 250 GWh por ano, mas consumimos 700 GWh por ano. Até 2016, estimamos que nossa produção chegue a 1500 GWh. A combinação será perfeita, pois reduzirá os custos da companhia, além do retorno.

EXAME.com – Por que o setor de açúcar e energia é importante para Bunge?
Weisser –
Entramos nesse segmento recentemente, em 2006, e é um dos únicos que ainda não somos líderes. Já somos muito grandes em outros setores, como óleo e fertilizantes.  Queremos crescer com velocidade neste a partir de agora.

EXAME.com – Os investimentos contemplam a construção de alguma nova unidade fabril?
Parente –
Não. Vamos investir na ampliação das nossas oito usinas já existentes. Nossa meta é ampliar capacidade. Queremos chegar a capacidade de 50 milhões de toneladas ano nos próximos cinco anos.

EXAME.com – Os recursos utilizados virão de onde?
Weisser –
Vamos utilizar recursos próprios da companhia. Os primeiros investimentos que fizemos não geraram muito retorno, pois eram greenfield (começado do zero), mas a partir de agora será cada vez melhor, os custos já são fixos.

EXAME.com – Há outro investimento como esse feito pela Bunge em outras partes do mundo?
Weisser –
Nessas proporções não. Acreditamos no potencial do mercado brasileiro para avançar neste setor.

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