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Planos de infraestrutura da China devem puxar demanda por metais

A China pediu a governos locais que acelerem as vendas de títulos para aliviar as pressões sobre o crescimento

Construção em Xangai, China. (Aly Song/Reuters)
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Bloomberg

Publicado em 25 de novembro de 2021 às 14h22.

Os preços das commodities industriais na China devem ser favorecidos no início do novo ano pelas típicas políticas do governo de Pequim para apoiar a economia em desaceleração, como a promessa de mais investimentos em infraestrutura.

A expectativa é de demanda maior da China por metais como aço, cobre e alumínio depois que o maior consumidor de commodities do mundo pediu a governos locais queacelerem as vendas de títulospara aliviar as pressões sobre o crescimento. A mídia chinesa também indica que a politica fiscal terá mais peso no apoio à economia em 2022.

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Os títulos especiais são normalmente usados para financiar obras públicas. Isso ajudaria a impulsionar os preços nos mercados de ferrosos em particular, que têm recuado devido aos controles da China sobre o setor imobiliário altamente endividado.

Ainda assim, levará tempo para que novos projetos sejam implementados, e o governo chinês provavelmente usará os gastos com infraestrutura para sustentar o crescimento, em vez de arriscar acelerar a inflação. No mês passado, os preços aos produtores subiram no ritmo mais rápido em 26 anos.

Sinais de que a China está aliviando as restrições ao mercado imobiliário ajudaram os mercados nos últimos dias. Ações de incorporadoras chinesas avançaram na quinta-feira em reação a medidas implementadas pela cidade de Chengdu para apoiar o setor, e analistas esperam que mais municípios façam o mesmo.

Os futuros de metais básicos chineses também subiram. O minério de ferro recuou, embora o contrato em Dalian ainda mostre alta de 14% esta semana, tendo perdido mais da metade do valor desde julho. O carvão coqueificável, usado em altos-fornos, avançou 16% esta semana, enquanto os contratos do vergalhão de aço ganharam cerca de 4%.

A oferta de aço foi reduzida a tal ponto nos últimos meses que deve haver espaço para usinas aumentarem a produção para atender à nova demanda e, ao mesmo tempo, cumprirem a ordem do governo de manter o volume abaixo dos níveis do ano passado. Além disso, a produção em novembro continua em queda, de acordo com o levantamento mais recente da China Iron & Steel Association.

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