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Petróleo: Opep define produção em meio a temor de desaceleração mundial

Os países produtores do combustível pretendiam continuar aumentando a produção, mas segunda onda do novo coronavírus ameaça o plano

(Nick Oxford/Reuters)
DG

Denyse Godoy

Publicado em 4 de janeiro de 2021 às 06h00.

Os 13 países membros da Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo ) mais dez aliados, liderados pela Rússia, vão se reunir por teleconferência nesta segunda-feira (4) para rever o limite de extração para fevereiro. A discussão se dá em meio à crescente preocupação com a desaceleração da economia mundial por causa da segunda onda da pandemia do novo coronavírus .

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O limite de produção de janeiro foi elevado em 500 mil barris por dia em uma reunião no início de dezembro, quando o grupo decidiu aumentar a frequência de seus encontros de semestral para mensal. Em novembro (dado mais recente disponível), os membros da Opep produziram 25,1 milhões de barris de petróleo por dia.

Depois recuar para menos de 20 dólares o barril em abril devido à alta de estoques com a paralisação global para frear a disseminação do novo coronavírus, o combustível se recuperou um pouco. Cotado atualmente a 48,50 dólares o barril no mercado futuro, ainda está 23,3% abaixo do patamar do início do ano passado.

O objetivo da Opep era aumentar a extração do combustível em 2 milhões de barris por dia nos próximos meses. Mas, embora diversas nações tenham começado a vacinar seus cidadãos, o recrudescimento da pandemia ameaça esse plano. "Em meio a alguns sinais de esperança, o panorama para 2021 está muito confuso e ainda há muitos riscos de baixa para considerar", disse Mohammad Barkindo, secretário-geral da Opep, em uma reunião com especialistas do grupo estendido de países produtores ontem. "Reduções de atividade social e econômica ainda estão em vigor em diversas localidades, e existe preocupação com o surgimento de uma variante mais contagiosa do vírus."

Para a Opep, a economia global até pode experimentar uma forte retomada no segundo semestre, se a vacinação avançar rápido, porém alguns setores como o de turismo devem levar anos para se recuperar totalmente. Caso a demanda volte a recuar neste ano, os países produtores de petróleo vão ter que se conformar mais um pouco com a recente queda de receitas. Aumentar mais a produção nesse cenário pode ser um tiro no pé, levando os preços a cair novamente.

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