Operários da Petrobras: questionada sobre os riscos à produção, a empresa não se manifestou (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2012 às 17h26.
Rio de Janeiro - Os petroleiros do Brasil, que marcaram para quarta-feira uma greve de 24 horas, ameaçam ampliar o movimento caso a Petrobras não atenda suas reivindicações salariais, informou nesta terça-feira a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A paralisação de 24 horas está prevista para ocorrer dois dias antes da avaliação pela FUP, na sexta-feira, da possibilidade de parada por tempo indeterminado.
O coordenador-geral da FUP, João Antônio de Moraes, disse que a adesão ao movimento da quarta-feira deverá ser integral.
"Todas as assembleias estão aprovando os indicativos dos petroleiros para a paralisação de 24 horas na quarta-feira", disse ele.
Greves de petroleiros nos últimos anos não têm tido impacto significativo na produção, uma vez que a Petrobras costuma colocar equipes de contingência nas unidades.
A estatal disse, em email enviado à Reuters, que tem expectativa de chegar a um acordo com as entidades sindicais. "As negociações, conduzidas pela área de Recursos Humanos da companhia, continuam", informou a empresa.
Questionada sobre os riscos à produção, a empresa não se manifestou.
Até o momento, a entidade participou de três negociações com a estatal, sem que se atingisse um acordo definitivo.
A FUP pede 10 por cento de aumento real e a Petrobras propôs reajuste salarial de 6,5 por cento, mais gratificação A estatal informou que apresentou na quarta-feira passada a sua proposta de reajuste, além de uma gratificação a ser paga de uma única vez.