Petrobras teve prejuízo de R$1 bi em máquinas, agora sem uso
Os funcionários relataram ter sofrido pressões de ex-diretores e investigados na operação Lava Jato para acelerar aquisições e obras no complexo
Karin Salomão
Publicado em 5 de janeiro de 2015 às 15h00.
São Paulo - A auditoria interna sobre o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) investigou que a Petrobras adquiriu equipamentos antes de definir o modelo de negócios e a estrutura da refinaria carioca. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o prejuízo foi de mais de R$1 bilhão.
O montante foi gasto para evitar que os equipamentos se deteriorassem. Além disso, parte do maquinário não será mais usada e a empresa estuda aproveitá-lo em outras unidades.
Ainda segundo o jornal, os funcionários relataram ter sofrido pressões de Renato Duque e Paulo Roberto Costa, ex-diretores de Serviço e Abastecimento e investigados na operação Lava Jato , para acelerar aquisições e obras no complexo.
A apuração também descobriu irregularidades em uma contratação bilionária. No valor de R$3,8 bilhões, ela foi feita sem concorrência pública pela Petrobras com o consórcio TUC, formado pela Odebrecht, UTC e Toyo, empreiteiras também investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Comperj
A construção do complexo petroquímico já causou diversos problemas, segundo reportagem publicada pela revista Exame em junho de 2013.
No entanto, anos depois, a construção se complicou. Em vez de consumir 6,5 bilhões de dólares, só a primeira demandará 13,5 bilhões. Em vez de ser inaugurada em 2012, a obra ficou para o final de 2015, segundo a Petrobras.
Em outubro de 2014, o ministro relator do processo, José Jorge, chamou a atenção para suspeita de superfaturamento de obras numa época em que Paulo Roberto Costa Costa, delator de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, ainda atuava como diretor de Abastecimento da empresa.
Segundo relatório do tribunal, essas obras atingem o montante “chamativo” de 7,6 bilhões de reais. E, por terem sido feitas em regime de urgência, não passaram pelos processos de licitação.
Em novembro de 2014, os executivos Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, delatores do núcleo empresarial investigado na Operação Lava Jato, relataram que pagaram mais de 30 milhões de reais em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.
São Paulo - A auditoria interna sobre o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) investigou que a Petrobras adquiriu equipamentos antes de definir o modelo de negócios e a estrutura da refinaria carioca. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o prejuízo foi de mais de R$1 bilhão.
O montante foi gasto para evitar que os equipamentos se deteriorassem. Além disso, parte do maquinário não será mais usada e a empresa estuda aproveitá-lo em outras unidades.
Ainda segundo o jornal, os funcionários relataram ter sofrido pressões de Renato Duque e Paulo Roberto Costa, ex-diretores de Serviço e Abastecimento e investigados na operação Lava Jato , para acelerar aquisições e obras no complexo.
A apuração também descobriu irregularidades em uma contratação bilionária. No valor de R$3,8 bilhões, ela foi feita sem concorrência pública pela Petrobras com o consórcio TUC, formado pela Odebrecht, UTC e Toyo, empreiteiras também investigadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Comperj
A construção do complexo petroquímico já causou diversos problemas, segundo reportagem publicada pela revista Exame em junho de 2013.
No entanto, anos depois, a construção se complicou. Em vez de consumir 6,5 bilhões de dólares, só a primeira demandará 13,5 bilhões. Em vez de ser inaugurada em 2012, a obra ficou para o final de 2015, segundo a Petrobras.
Em outubro de 2014, o ministro relator do processo, José Jorge, chamou a atenção para suspeita de superfaturamento de obras numa época em que Paulo Roberto Costa Costa, delator de um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, ainda atuava como diretor de Abastecimento da empresa.
Segundo relatório do tribunal, essas obras atingem o montante “chamativo” de 7,6 bilhões de reais. E, por terem sido feitas em regime de urgência, não passaram pelos processos de licitação.
Em novembro de 2014, os executivos Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, delatores do núcleo empresarial investigado na Operação Lava Jato, relataram que pagaram mais de 30 milhões de reais em propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.