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Petrobras pode emitir R$3 bi em debêntures de infraestrutura

Companhia está negociando com bancos sobre como realizar a oferta das chamadas debêntures de infraestrutura nas próximas semanas

Petrobras: oferta de dívida no mercado interno ajudaria a Petrobras a ganhar tempo antes de um planejado retorno aos mercados internacionais de dívida (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 12h43.

São Paulo - A Petrobras planeja emitir 3 bilhões de reais em títulos de dívida locais para custear projetos de infraestrutura , ajudando a empresa a diversificar suas fontes de recursos, disse uma fonte com conhecimento direto da situação.

A Petrobras, que nos últimos 12 anos não emitiu títulos de dívida no mercado doméstico, está negociando com bancos sobre como realizar a oferta das chamadas debêntures de infraestrutura nas próximas semanas, disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque o plano ainda não está finalizado.

Os títulos atrelados à inflação teriam diferentes vencimentos, acrescentou a fonte.

A Petrobras quer seguir a mineradora Vale, que no último mês levantou 1 bilhão de reais com debêntures de infraestrutura em uma operação similar. A robusta demanda pelas debêntures da Vale permitiram à companhia captar dinheiro a um custo inferior ao de emissões de títulos do governo brasileiro.

A oferta de dívida no mercado interno ajudaria a Petrobras a ganhar tempo antes de um planejado retorno aos mercados internacionais de dívida. Segundo a fonte, a estatal quer realizar uma oferta de bônus em dólares ainda no primeiro semestre e estender a oferta bem-sucedida de títulos em euros e libras no segundo semestre.

A Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

A operação da Petrobras poderia aumentar a visibilidade do mercado de debêntures de infraestrutura, à medida que companhias e governo buscam recursos necessários para investir em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.


As emissões de debêntures de infraestrutura, que garantem incentivos tributários aos investidores, podem atingir 9,5 bilhões de reais neste ano, mais de duas vezes o montante em 2013, segundo estimativa do presidente do banco de fomento BNDES, Luciano Coutinho.

Se tiver sucesso, a emissão da Petrobras seria a maior oferta única de debêntures de infraestrutura no Brasil.

Sob pressão

A Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório no ano passado do Bank of America Merrill Lynch.

A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.

A Petrobras vendeu em maio passado 11 bilhões de dólares em bônus, na maior oferta de títulos no exterior por uma empresa latino-americana. A mesma fonte disse à Reuters recentemente que a empresa poderia colocar entre 10 bilhões e 13 bilhões de dólares em títulos no mercado internacional em 2014.

Tanto a Petrobras como a Vale precisam obter dinheiro para os investimentos programados e outros propósitos corporativos antes do usual neste ano, para mitigar o risco de levantar recursos devido às eleições presidenciais no Brasil e à redução em curso do programa de estímulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.

A Vale quer vender bônus de 10 anos em dólares nos mercados globais antes de junho.

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São Paulo - A Petrobras planeja emitir 3 bilhões de reais em títulos de dívida locais para custear projetos de infraestrutura , ajudando a empresa a diversificar suas fontes de recursos, disse uma fonte com conhecimento direto da situação.

A Petrobras, que nos últimos 12 anos não emitiu títulos de dívida no mercado doméstico, está negociando com bancos sobre como realizar a oferta das chamadas debêntures de infraestrutura nas próximas semanas, disse a fonte, que pediu para não ser identificada porque o plano ainda não está finalizado.

Os títulos atrelados à inflação teriam diferentes vencimentos, acrescentou a fonte.

A Petrobras quer seguir a mineradora Vale, que no último mês levantou 1 bilhão de reais com debêntures de infraestrutura em uma operação similar. A robusta demanda pelas debêntures da Vale permitiram à companhia captar dinheiro a um custo inferior ao de emissões de títulos do governo brasileiro.

A oferta de dívida no mercado interno ajudaria a Petrobras a ganhar tempo antes de um planejado retorno aos mercados internacionais de dívida. Segundo a fonte, a estatal quer realizar uma oferta de bônus em dólares ainda no primeiro semestre e estender a oferta bem-sucedida de títulos em euros e libras no segundo semestre.

A Petrobras não comentou o assunto imediatamente.

A operação da Petrobras poderia aumentar a visibilidade do mercado de debêntures de infraestrutura, à medida que companhias e governo buscam recursos necessários para investir em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.


As emissões de debêntures de infraestrutura, que garantem incentivos tributários aos investidores, podem atingir 9,5 bilhões de reais neste ano, mais de duas vezes o montante em 2013, segundo estimativa do presidente do banco de fomento BNDES, Luciano Coutinho.

Se tiver sucesso, a emissão da Petrobras seria a maior oferta única de debêntures de infraestrutura no Brasil.

Sob pressão

A Petrobras foi classificada como a empresa mais endividada do mundo em um relatório no ano passado do Bank of America Merrill Lynch.

A empresa vem aumentando o tamanho de suas emissões de bônus em dólares ano após ano, pelo menos desde 2009, elevando os custos de financiamento.

A Petrobras vendeu em maio passado 11 bilhões de dólares em bônus, na maior oferta de títulos no exterior por uma empresa latino-americana. A mesma fonte disse à Reuters recentemente que a empresa poderia colocar entre 10 bilhões e 13 bilhões de dólares em títulos no mercado internacional em 2014.

Tanto a Petrobras como a Vale precisam obter dinheiro para os investimentos programados e outros propósitos corporativos antes do usual neste ano, para mitigar o risco de levantar recursos devido às eleições presidenciais no Brasil e à redução em curso do programa de estímulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos.

A Vale quer vender bônus de 10 anos em dólares nos mercados globais antes de junho.

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