Negócios

Petrobras pede ressarcimento de R$1,3 bi de empreiteiras

A estatal vai entrar com ação contra 5 empreiteiras e alguns executivos envolvidos na Lava Jato, pedindo ressarcimento de R$ 1,3 bilhão


	Logotipo da Petrobras: companhia já acionou na Justiça as construtoras Engevix e a Mendes Junior e alguns dos seus executivos
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Logotipo da Petrobras: companhia já acionou na Justiça as construtoras Engevix e a Mendes Junior e alguns dos seus executivos (Paulo Whitaker/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 20h34.

Rio de Janeiro - A Petrobras vai entrar como coautora do Ministério Público Federal nas ações de improbidade administrativa contra empreiteiras e executivos envolvidos na Operação Lava Jato, pedindo ressarcimento de quase 1,3 bilhão de reais, informou a petroleira estatal nesta sexta-feira, em comunicado ao mercado.

A companhia já protocolou duas ações, uma no dia 30 de abril e outra no dia 8 de maio, referentes a pagamentos indevidos relacionados a contratos das empresas Engevix e Mendes Júnior, pedindo o ressarcimento total de cerca de 452 milhões de reais.

O montante considera reparos por danos materiais e multa, além de pedido de indenização por danos morais, cujos valores serão quantificados no decorrer do processo.

Nas próximas semanas, a Petrobras ingressará, também como coautora, em outras três ações, envolvendo contratos com as empresas Camargo Corrêa, OAS e Galvão Engenharia, totalizando pedido de reembolso de aproximadamente 826 milhões de reais.

"Essas ações se somam a um conjunto de medidas que estão sendo adotadas para garantir o ressarcimento integral dos prejuízos sofridos pela companhia, inclusive aqueles relacionados à sua reputação, e reforçam o compromisso da Companhia em cooperar com as investigações", disse a estatal.

A operação Lava Jato da Polícia Federal e do Ministério Público investiga um esquema bilionário de corrupção envolvendo contratos da Petrobras com as maiores empreiteiras do país, e que teria desviado recursos para partidos políticos, políticos, operadores e ex-executivos da Petrobras. Procuradas, a Engevix e a Galvão Engenharia informaram que não irão se pronunciar.

A Mendes Junior e OAS disseram que não tomaram conhecimento da ação e, portanto, não irão se manifestar.

Já a Camargo Corrêa não respondeu imediatamente o pedido de comentários.

Nesta semana, a Justiça Federal do Paraná autorizou a devolução de 157 milhões de reais à Petrobras dos recursos repatriados de contas no exterior do ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco.

Em entrevista à Globonews, nesta sexta-feira, a gerente- executiva da área jurídica da Petrobras, Taisa Maciel, afirmou que o montante deverá entrar na conta da estatal na próxima segunda-feira.

A informação está em linha com declarações do presidente da estatal Aldemir Bendine, no mês passado, de que parte dos recursos desviados seriam devolvidos à companhia em maio.

*Texto atualizado às 20h34

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasExecutivosFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia