Petrobras nega negociação para comprar postos da Terpel no Chile
Segundo notícias veiculadas pela imprensa, estatal seria uma das candidatas a adquirir rede de combustível no país
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - A Petrobras divulgou, no início desta noite (4/6), um breve comunicado em que nega qualquer negociação para comprar ativos da colombiana Terpel no Chile. Na nota, a estatal afirma que "está constantemente analisando oportunidades de investimentos", mas neste caso, "até o presente momento, não há nenhuma negociação em curso."
A declaração foi uma resposta a notícias veiculadas pela imprensa, nesta semana, que informavam que a Petrobras era uma das candidatas a adquirir a rede de postos de combustível Terpel no Chile. A agência de notícias Reuters, inclusive, chegou a publicar declarações do presidente da Petrobras Chile, Vilson Reichemback, admitindo que a companhia tinha interesse em fechar negócio com a empresa.
Em meados de maio, a Copec, maior empresa de capital aberto do Chile, anunciou a compra de uma fatia da Terpel, a maior distribuidora de combustíveis da Colômbia - e que também atua no Chile. A aquisição foi feita de modo indireto, já que o acordo envolveu a compra da AEI Colômbia Holdings e da AEI Colômbia Investments, dois fundos que possuem participação no capital da Terpel. O negócio foi fechado por 240 milhões de dólares e envolveu a aquisição de 42,7% do capital da controladora da Terpel.
O problema é que a transação concentrou o mercado chileno de distribuição nas mãos da Copec. Em 2007, a colombiana Terpel havia comprado os ativos da YPF no Chile por 210 milhões de dólares. O acordo conferiu 10% do setor de distribuição à empresa.
Para evitar a concentração de mercado, a Copec deve vender ativos da Terpel no Chile - e a Petrobras foi apontada pela imprensa como uma das interessadas. A empresa brasileira entrou no país no início de 2009, quando comprou a rede da Exxon Mobil por aproximadamente 400 milhões de dólares. Hoje, a Petrobras ocupa a quarta posição no setor de distribuição do Chile, atrás da Copec, Shell e Terpel. Se ficasse com os ativos da Terpel que deverão ser vendidos, a estatal poderia saltar para a segunda posição, com uma fatia de 20% de mercado, estimam os jornais chilenos.