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Petrobras espera superar metas da Gas Brasiliano

Rio - A diretora de gás e energia da Petrobras, Graça Foster, afirmou hoje que a companhia tem grande expectativa de ultrapassar as metas de vendas da distribuidora Gas Brasiliano, que se comprometeu com a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) a atingir a venda de 1,2 milhão de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Rio - A diretora de gás e energia da Petrobras, Graça Foster, afirmou hoje que a companhia tem grande expectativa de ultrapassar as metas de vendas da distribuidora Gas Brasiliano, que se comprometeu com a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) a atingir a venda de 1,2 milhão de metros cúbicos por dia em 2014. A empresa, que está sendo comprada da italiana Eni pela Petrobras, vende hoje uma média de 560 mil metros cúbicos por dia.

"A preocupação que temos em encontrar mercado para nossas reservas (de gás) é um sinal claro de que chegamos à Gas Brasiliano com vontade de desenvolver aquele mercado", comentou a executiva, em entrevista sobre a operação de compra, orçada em US$ 250 milhões, anunciada ontem.

Graça não detalhou os planos da Petrobras para a empresa, mas adiantou que há grande potencial para geração de energia elétrica na área de concessão da Gas Brasiliano. "É uma área de concessão muito difícil, com grande concorrência com cana-de-açúcar e bioamassa", destacou a executiva. Segundo ela, a extensão geográfica da concessão, de cerca de 140 mil quilômetros quadrados, exigirá grandes investimentos.

A compra da Gas Brasiliano foi justificada pela diretora da Petrobras com números a respeito das vendas de gás da estatal. Segundo ela, uma média de 48,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás chegou ao mercado no primeiro trimestre. Desse total, parte foi consumida pela própria estatal e 39,8 milhões passaram pelas distribuidoras.

A Petrobras, porém, só foi responsável pela venda ao consumidor final de 8,8 milhões de metros cúbicos dia - uma parcela equivalente a sua participação acionária em 20 distribuidoras de gás canalizado. "Isso significa que, de todo o gás que passa pelo Brasil, só vendemos 22,3%", apontou.

Com a gás Brasiliano, o número sobe um pouco, para 23,6%. De todo modo, Graça afirmou que a Petrobras chega à distribuidora paulista com um mercado mais maduro de gás, com maior flexibilidade para desenvolver clientes. Neste sentido, a empresa já vem realizando leilões de contratos de curto prazo a preços com deságio, modelo que pode ser intensificado na Gas Brasiliano. Além de clientes de sua área de concessão, afirmou Graça, a distribuidora buscará clientes de outras distribuidoras. Ela não comentou se a estatal ainda mantém interesse na compra da Comgás.

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