Petrobras e Rosneft assinam acordo por gás da Amazônia
Companhias irão buscar maneiras de vender o gás natural disponível em regiões remotas da selva amazônica
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2014 às 16h24.
Brasília - A petroleira estatal russa Rosneft assinou acordo com a Petrobras para buscar maneiras de vender o gás natural disponível em regiões remotas da selva amazônica, disseram as companhias nesta segunda-feira.
As empresas não deram detalhes do acordo, e limitaram-se a dizer a que é um "protocolo de intenções".
A Rosneft detém 51 por cento de participação em blocos de petróleo e gás na bacia do Solimões, a oeste de Manaus, no Amazonas, em parceria com a HRT , que possui os outros 49 por cento.
Os blocos contêm reservas contingentes estimadas em 542 milhões de barris de óleo equivalente, sendo que 83 por cento deste volume é de gás natural, segundo a HRT.
As reservas contingentes são formadas por petróleo e gás que foram descobertos mas não têm todos fatores que garantam sua viabilidade comercial. As reservas estimadas atualmente são equivalentes ao volume de petróleo que os Estados Unidos utilizam em um mês.
O acordo entre Rosneft e Petrobras foi assinado durante uma visita do presidente russo Vladimir Putin ao Brasil.
Dois anos atrás, a HRT e a Petrobras assinaram um memorando de entendimento para estudar as opções de venda de gás na Amazônia. Apesar do acordo e de vários estudos, nenhuma solução foi encontrada.
Explorar gás na Amazônia é difícil devido à distância até grandes centros consumidores e à complexidade da construção de gasodutos no meio da selva.
Entre a região do gás e Manaus, centro consumidor mais próximo, há cerca de 900 km de floresta densa. O gasoduto mais próximo, da Petrobras, foi construído para que a estatal brasileira possa escoar seu próprio gás produzido na região.
"Temos diferentes opções... Precisamos vender o gás e a Petrobras tem um sistema de transporte ao qual se poderia ter acesso, e nós iremos discutir estas questões", disse a repórteres o presidente da Rosneft, Igor Sechin, durante a visita de Putin no Brasil.