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Petrobras aguarda novas regras para gás natural no setor elétrico

A Petrobras opera cerca de 6 gigawatts em termelétricas, e há expectativa de as usinas possam entrar no programa de desinvestimentos e parcerias

Petrobras: "Esses aspectos regulatórios têm um impacto relevante sobre o fluxo de caixa dos ativos, sobre o valor dos ativos" (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2017 às 17h04.

São Paulo - Uma nova regulamentação para o uso de gás natural no setor elétrico poderá valorizar o parque de termelétricas operado pela Petrobras no Brasil, e por isso a estatal aguarda o avanço das discussões sobre essas mudanças antes de seguir com um eventual processo para vender suas usinas, disse nesta segunda-feira um diretor da companhia.

A Petrobras opera cerca de 6 gigawatts em termelétricas no país, e há expectativa de que todas ou parte das usinas possam entrar no programa de desinvestimentos e parcerias da estatal, que pretende levantar 21 bilhões de dólares até o final de 2018.

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"Esses aspectos regulatórios têm um impacto relevante sobre o fluxo de caixa dos ativos, sobre o valor dos ativos... a hora em que essas coisas estiverem com nível de maturidade suficiente para que a gente possa ir a mercado, estaremos indo", disse o diretor de Refino e Gás Natural da petroleira, Jorge Celestino, ao ser questionado sobre uma possível venda das térmicas.

O executivo, que participou de evento da Petrobras com investidores na sede da B3, em São Paulo, disse que a companhia tem participado das discussões do programa "Gás para Crescer", do Ministério de Minas e Energia.

O programa analisa possíveis mudanças regulatórias para ampliar o uso de gás na produção de energia, como a inclusão de termelétricas na base de geração do sistema elétrico --as usinas atualmente são contratadas principalmente para operar quando cai o nível de armazenamento no reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de energia do Brasil.

"Estamos olhando esses ativos de forma conjunta, e olhando também a nova regulamentação do setor, principalmente no que tange a aspectos do Gás para Crescer... estamos participando dos grupos que vão dar um novo contorno regulatório (ao gás natural)", explicou Celestino.

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