São Paulo – A Pepsico , fabricante do achocolatado Toddynho, confirmou a contaminação por bactéria de 8.000 unidades do achocolatado da marca no mercado do Rio Grande do Sul.
Além de sabor azedo, o achocolatado contaminado pode causar desconforto gastrointestinal.
Em comunicado, a empresa alegou que o lote contaminado estava bloqueado no centro de distribuição.
Porém, teria sido distribuído equivocadamente no estado do RS por uma falha no processo de descarte de produtos fora de especificação.
A grande maioria dos 8.000 itens contaminados, segundo a empresa, foi distribuída na Grande Porto Alegre.
Os lotes que terão de ser retirados do mercado por suspeitas de contaminação são o GRU L15 23:04 até 23:46, com validade de 29 de novembro deste ano.
A empresa, em nota, pede que consumidores com unidades desses lotes entrem em contato pelo número 0800 703 2222 para pedir a troca do produto.
Fora das gôndolas
A determinação do recolhimento dos produtos dos supermercados gaúchos foi dada ontem pela Secretaria de Saúde do Estado.
O pedido aconteceu depois da reclamação de dois consumidores que apontaram alterações de sabor e odor no produto. Eles também alegaram ardência na boca depois de tomarem a bebida.
O resultado deve sair na próxima semana.
A Secretaria da Saúde encaminhou amostras a Laboratório Central do Estado para análise e apuração das causas do mal-estar sentido pelos consumidores.
Segundo a companhia, “todos os demais produtos da marca se encontram em perfeitas condições para consumo”.
Um lote de Toddynho com defeito provocou a suspensão temporária das vendas na região, em setembro de 2011.
Na época, 40 pessoas tiveram enjoos provocados pela bebida, contaminada com material de limpeza.
- 1. Leite estragado e com formol
1 /11(Scott Olson/Getty Images)
São Paulo - Só nesta semana, três produtoras de leite enfrentaram problemas devido à
contaminação de seus produtos. No Rio de Janeiro, o Procon
proibiu que o leite Elegê fosse vendido na capital devido à má qualidade. A BRF, dona da marca, pode ter de pagar multa de 1,2 milhão de reais e ainda responder por crime contra o
consumidor . No Rio Grande do Sul, o Ministério Público estadual descobriu uma fraude que consistia em adicionar água e ureia
– que contém formol e é cancerígeno
– ao leite. As marcas
Parmalat e Líder foram envolvidas. Essa porém, não é a primeira vez que
empresas se veem encrencadas porque tiveram produtos contaminados. Relembre alguns casos:
- 2. Ketchup com pelo de rato
2 /11(Oli Scarff/Getty Images)
Em agosto do ano passado, foram encontrados
pelos de roedores em três lotes do ketchup Heinz. O produto contaminado era fabricado pela empresa Delimex e importado do México pela Quero Alimentos. A descoberta foi feita em análises feitas pela Anvisa e pela associação de defesa do consumidor Proteste.
- 3. Suco com solução de limpeza
3 /11(Divulgação/Unilever)
A Unilever perdeu cerca de 200 milhões de reais com o
recall de sucos da marca Ades, contaminados com uma solução de limpeza na hora do envase, em 2013. Em março daquele ano, a Anvisa chegou a suspender a fabricação, distribuição comercialização e consumo de todos os lotes da marca no país inteiro. A empresa teve de recolher 96 unidades do produto, que poderia provocar queimaduras nos consumidores. E, para conter a crise chegou a marca Soy Force, numa estratégia para reconquistar a demanda por bebidas à base de soja.
- 4. Macarrão com larvas
4 /11(Divulgação)
Três consumidoras de
Cup Noodles foram surpreendidas por inseto s e larvas junto ao macarrão, em julho do ano passado. As três denunciaram o caso à Secretaria de Proteção e Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro. O resultado foi que o Procon do estado determinou que a fabricante da marca, Nissin-Ajinomoto Alimentos, retirasse o lote do produto do mercado.
- 5. Remédio com mofo
5 /11(Bloomberg)
Em setembro do ano passado, a Johnson & Johnson fez um
recall voluntário do medicamento Risperdal Consta. Durante um processo de teste de rotina, a fabricante encontrou mofo no antipsicótico. O lote contaminado poderia conter cerca de 70 mil doses do remédio contra esquizofrenia e transtorno bipolar.
- 6. Massa com carne de Cavalo
6 /11(AFP/AFP)
A Nestlé teve de recolher das prateleiras dois de seus produtos fabricados com carnes da JBS, na Espanha e Itália, em fevereiro do ano passado. O motivo foram testes que apontaram a presença de mais de 1% de carne de cavalo nos produtos. A Nestlé também suspendeu a entrega de produtos de alimentos fornecidos pela alemã H.J. Schypke, subcontratada da JBS Toledo, subsidiária bela do grupo brasileiro.
- 7. Massa com plástico
7 /11(Divulgação)
Lotes de rolinhos de canela com cobertura, da marca Pillsbury, também
precisaram ser recolhidos nos Estados Unidos. A dona da marca, General Mills decidiu fazer o recall preventivo porque os alimentos poderiam conter fragmentos de uma peça de plástico que se quebrou na produção da massa.
- 8. Leite em pó com bactéria
8 /11(Getty Images)
Em agosto do ano passado a Danone teve de
recolher lotes de leite em pó infantil em nove países, incluindo China e Malásia. O recall ocorreu depois que a empresa de laticínios Fonterra, da Nova Zelândia, disse ter encontrado um ingrediente potencialmente fatal no produto. Posteriormente, ficou comprovado que o ingrediente continha uma bactéria menos nociva do que o divulgado e a Danone entrou com uma ação contra a Fonterra para compensar o dinheiro das vendas perdidas.
- 9. Leite com ureia
9 /11(ALFREDO FRANCO)
No ano passado, 900 mil litros de leite das marcas Mumu, Italac e Líder também precisaram ser
recolhidos por adulteração. Eles continham a mesma substância encontrada nos leites que sofreram recall neste ano: ureia. A contaminação veio à tona após uam investigação do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
- 10. Xampu com bactéria
10 /11(Reprodução / Avon)
Mais de 500 xampus da linha Avon Care Hidratante tiveram de ser retirados do mercado em julho de 2012.
Eles continham uma bactéria capaz de causar ou agravar qualquer quadro infeccioso. Na época do incidente, a Avon disse que não havia recebido nenhuma reclamação sobre o produto antes de iniciar o recall, mas que decidiu fazer a substituição ainda que o risco de impacto à saúde fosse baixo.
- 11. Agora veja 8 "brincadeiras" de funcionários que pegaram mal para as empresas
11 /11(REUTERS/Jean-Paul Pelissier)