Negócios

Paul Allen, da Microsoft, morre aos 65 anos de idade

De acordo com o veículo CNBC, a causa da morte foi uma complicação de um tipo de câncer que se origina nos gânglios

Paul Allen: ele co-fundou a gigante Microsoft ao lado de Bill Gates (Mark Wilson/Getty Images)

Paul Allen: ele co-fundou a gigante Microsoft ao lado de Bill Gates (Mark Wilson/Getty Images)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 19h09.

Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 19h46.

São Paulo - Paul Allen, co-fundador da gigante de tecnologia Microsoft ao lado do empresário Bill Gates, faleceu há pouco, aos 65 anos de idade. De acordo com o veículo CNBC, a causa da morte foi uma complicação de um linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer que se origina nos gânglios.

A irmã de Allen, Jody, afirmou em comunicado que ele era "um indivíduo notável em todos os aspectos". "Enquanto a maioria conhecida Paul Allen como um estudioso da tecnologia e um filantropo, para nós ele era um irmão e tio muito amado e um amigo excepcional. A família e os amigos de Paul foram abençoados de experienciar sua bravura, seu afeto, sua generosidade e sua preocupação profunda", afirmou em pronunciamento reproduzido pelo CNBC.

"Mesmo com tantas demandas em sua agenda, ele sempre tinha tempo para a família e para os amigos. Nessa hora de perda e luto para nós e para tantos outros, somos extremamente gratos pelo carinho e pela preocupação que ele demonstrava todos os dias."

O atual CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmou que Allen deu contribuições indispensáveis à Microsoft, à indústria da tecnologia e à comunidade.

"Como co-fundador da Microsoft, de sua forma quieta e persistente, ele criou produtos mágicos, experiências e instituições. Com isso, mudou o mundo. Eu aprendi tanto com ele - sua busca por respostas, sua curiosidade e sua insistência por altos padrões são coisas que continuarão me inspiram e a todos da Microsoft."

História

Paul Allen se uniu ao colega de ensino médio Bill Gates para fundarem a gigante de tecnologia Microsoft em 1975.

"No início, Paul Allen e eu estabelecemos a meta de um computador em cada mesa de trabalho e em cada lar. Era uma ideia ousada e muita gente achou que estávamos malucos ao pensar que aquilo era possível", escreveu Gates em uma carta comemorando os 40 anos da Microsoft, em 2015.

Não faltaram discussões entre Allen e Gates sobre quanto de participação cada um deveria ter na empresa dos computadores pessoais - situação que só se complicou com a entrada do executivo Steve Ballmer. Em um livro publicado em 2011, Allen afirma que Gates e Ballmer criticavam sua falta de produtividade no momento em que ele havia sido diagnosticado com um linfoma, daquela vez Hodgkin. Gates negou a visão do cofundador na época.

Em 1993, Allen saiu da Microsoft após o diagnóstico e se recuperou da doença, sem vender sua participação na gigante. Permaneceu como membro do conselho de administração da gigante até os anos 2000. Em 2009, contraiu um linfoma não-Hodgkin e venceu mais uma vez.

Neste mês, Allen anunciou que estava recebendo um tratamento novamente para um linfoma não-Hodgkin. "Aprecio o apoio que recebi e vou contar com ele enquanto batalho este desafio", escreveu na rede social Twitter.

Allen ocupava o 44º lugar da lista de bilionários da Forbes de 2018, com uma fortuna estimada em pouco mais de 20 bilhões de dólares. Como filantropo, doou 2,6 bilhões de dólares, sendo que 500 milhões foram ao Allen Institute for Brain Science, que investiga o cérebro humano.

Allen também era cheio de hobbies. Foi dono do time de NBA Trail Blazer, do time da NFL Seattle Seahawks e tinha uma participação no time de futebol Seattle Sounders. Seu interesse pela história da aviação o levou ao Flying Heritage & Combat Armor Museum, um instituto que reuniu e restaurou 26 aeronaves e 25 veículos de guerra. Por fim, quando tinha um tempo livre, tocava guitarra na banda The Underthinkers.

Acompanhe tudo sobre:MicrosoftPaul AllenPersonalidades

Mais de Negócios

Imposto a pagar? Campanha da Osesp mostra como usar o dinheiro para apoiar a cultura

Uma pizzaria de SP cresce quase 300% ao ano mesmo atuando num dos mercados mais concorridos do mundo

Startup cria "programa de fidelidade" para criadores de conteúdo e times de futebol

Sem antenas, mas com wi-fi: esta startup chilena quer ser a "Netflix" da TV aberta