Passageiro pede refeição sem glúten em voo e recebe banana
“Na minha opinião, acho que eles não entendem o conceito de alergias e refeições alternativas”, disse o passageiro
Karin Salomão
Publicado em 4 de maio de 2017 às 11h05.
Última atualização em 4 de maio de 2017 às 12h50.
São Paulo – Refeições de avião podem não ser as melhores do mundo, mas a situação fica ainda mais delicada quando um passageiro tem restrições alimentares.
O inglês Martim Pavelka pediu refeições sem glúten em uma viagem de Tóquio a Londres pela All Nippon Airways . Ele é celíaco, o que significa que tem reações imunológicas ao comer glúten, uma proteína encontrada no trigo, na cevada e no centeio.
Ao pedir um café da manhã especial, ele recebeu apenas uma banana com um adesivo GF, que significa gluten-free, e talheres para comer a fruta, enquanto outros passageiros comiam uma refeição completa, com ovos, salsichas, cogumelos, pão e iogurte.
De fato, a banana não contém glúten, mas o passageiro disse que a refeição simples não o manteve satisfeito: “é tão extremo, uma banana é suficiente por cerca de 15 minutos, depois você fica com fome de novo”.
“Na minha opinião, acho que eles não entendem o conceito de alergias e refeições alternativas”, disse.
Seu voo tinha duração de nove horas. Na ocasião do jantar, no entanto, ele recebeu uma refeição mais completa, explicou ao Evening Standard.
A companhia aérea japonesa se desculpou pelo incidente e afirmou que irá revisar as opções de cardápio sem glúten, já que na ocasião a banana era o único item que se encaixava nessa descrição.
Ao Evening Standard, a empresa explicou que, durante o café da manhã, todos os passageiros também receberam apenas um lanche e que a refeição completa havia sido servida no jantar.
“A All Nippon Airways se orgulha de providenciar uma experiência exemplar aos consumidores, e para esse passageiro nós não atendemos suas expectativas”, disse um porta-voz ao veículo. “Nós nos desculpamos pessoalmente a ele e, como resultado dessa experiência, estamos revendo nossa política de opções sem glúten e como elas são servidas”, disse.