Brasil terá convênio com Alibaba para que pequenas empresas exportem para a China, diz França
Governo assinará convênio que, nas palavras do Ministro, "deve mostrar como os comerciantes brasileiros poderão vender pequenos produtos, em pequenas quantidades, na China, com o incentivo do governo brasileiro"
Agência de notícias
Publicado em 9 de junho de 2024 às 14h22.
Última atualização em 9 de junho de 2024 às 14h25.
O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, disse em viagem à sede do Alibaba, na China, que vai assinar um convênio para a exportação de produtos de empresas brasileiras por meio da plataforma de comércio eletrônico da companhia.
O movimento acontece após a aprovação no Senado, na última semana, do fim da isenção do imposto de importação para compras internacionais de brasileiros de até 50 dólares em sites de comércio eletrônico. A matéria agora voltará para Câmara.
Na visita à sede da companhia, França afirmou que o convênio a ser assinado deve mostrar como os comerciantes brasileiros poderão vender pequenos produtos, em pequenas quantidades, na China, com o incentivo do governo brasileiro.
Em vídeo compartilhado no X (antigo Twitter) França cita que o braço de logística do Alibaba entrega 5 milhões de pacotes por dia para todos os lugares do mundo.
"Estamos buscando fortalecer as relações Brasil-China, encontrando ferramentas de cooperação para impulsionar o empreendedorismo no Brasil. Liderados pelo presidente Lula, estamos no rumo certo para impulsionar o crescimento do nosso setor!", escreveu o ministro em sua página no X.
Contra o fim da isenção
No Brasil, a plataforma do Alibaba de importação para pessoas físicas, o AliExpress, se posicionou de maneira contrária ao fim da isenção de importações de até US$ 50. No fim de maio, em entrevista ao Broadcast, a diretora-geral do AliExpress no Brasil, Briza Bueno, afirmou que, com o fim da isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50, a carga tributária estimada sobre os produtos deveria ficar em cerca de 44,5%.
"Claro que vamos continuar comprometidos com o país. Continuamos fazendo os investimentos que temos no País, mas fomos bem surpreendidos com essa decisão. Esse tipo de decisão tem que ser tomada com cuidado, no sentido de ouvir o consumidor, que é o mais afetado nesse momento", afirmou a executiva.
Ela disse que a companhia estudava quais seriam os movimentos dali em diante, caso a taxação fosse aprovada nas demais instâncias do Poder Legislativo. "Temos feito vários investimentos olhando para os sellers (vendedores) locais. Seguimos. Somos a plataforma que mais incentiva o seller com a comissão mais baixa do mercado: de 5% a 8%", disse Briza, em maio.