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Pão de Açúcar diz que pagou R$ 8,5 mi a escritório de Bastos

O Pão de Açúcar confirmou que pagou R$ 8,5 milhões ao escritório, sendo que R$500 mil correspondiam a serviços cuja prestação foi possível confirmar


	O advogado Márcio Thomaz Bastos: o criminalista, morto no ano passado, foi ministro da Justiça
 (Valter Campanato/ABr)

O advogado Márcio Thomaz Bastos: o criminalista, morto no ano passado, foi ministro da Justiça (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 22h21.

São Paulo - O Pão de Açúcar confirmou na noite desta terça-feira, 7, que pagou R$ 8,5 milhões ao escritório de advocacia Márcio Thomaz Bastos, entre dezembro de 2009 a maio de 2011, sendo que, deste total, só R$ 500 mil correspondiam a serviços cuja prestação foi possível confirmar, "na área de atuação daquele escritório de advocacia".

A empresa divulgou relatório feito pelo seu comitê de auditoria, que investigava, desde abril, as denúncias de que o Pão de Açúcar teria feito esses pagamentos, segundo a revista Época.

De acordo com a empresa, não foram encontradas evidências da prestação dos serviços correspondentes aos demais pagamentos realizados ao escritório, ou seja, R$ 8 milhões, "nem contratos de prestação de serviços que os amparassem".

"A cadeia de aprovações e procedimentos relacionada a esses pagamentos seguiu os procedimentos da companhia vigentes à época dos fatos", diz a companhia em comunicado distribuído à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Palocci

Ainda segundo o Grupo Pão de Açúcar, foi celebrado, em 9 de fevereiro de 2009, um contrato entre a companhia e a Projeto Consultoria Financeira e Econômica, do ex-ministro Antonio Palocci, para a prestação de serviços relacionados à aquisição de uma empresa do segmento de varejo alimentício.

Sobre este contrato, a auditoria não identificou pagamentos que tenham sido feitos a esta firma e nem serviços prestados.

Em abril, após a publicação da reportagem da Época, o Pão de Açúcar afirmou que até então não tinha informação sobre a existência dos pagamentos, que teriam sido efetuados antes da aquisição do controle da companhia pelo Grupo Casino, ocorrida em julho de 2012.

Segundo a Época, o varejista fez repasses em dinheiro para o advogado e os valores mais tarde teriam sido entregues ao ex-ministro da Casa Civil, um dos investigados na Operação Lava Jato.

O criminalista, morto no ano passado, foi ministro da Justiça. As ações da empresa fecharam hoje entre as maiores baixas do Ibovespa, com queda de 2,56%.

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