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Com inovação, receita de farmácias Panvel deve chegar a R$ 3,2 bi em 2021

Rede de farmácias cria programa de aceleração de startups para ampliar inovação e atingir a meta de dobrar em 5 anos

Panvel: rede de farmácias cria progama de aceleração de startups e aposta em inovação (Panvel/Divulgação)

Panvel: rede de farmácias cria progama de aceleração de startups e aposta em inovação (Panvel/Divulgação)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 06h00.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 06h39.

A rede de farmácias Panvel está ampliando o uso da tecnologia. A companhia lança a partir de 1º de dezembro o seu primeiro programa de aceleração de startups, com foco em empresas nas áreas de saúde e bem-estar, experiência do cliente e inteligência operacional.

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“A Panvel é inovadora há muitas décadas. Nunca fomos a empresa que mais investe em tecnologia, mas nos destacamos por fazer as melhores escolhas, aquelas que fazem mais sentido para o cliente e para o crescimento da companhia”, afirmou Antonio Napp Diretor, Financeiro e de Relações com Investidores do Grupo Dimed, em entrevista a EXAME.

O foco do programa são startups em fase de MVP (mínimo produto viável, na sigla em inglês) e tração, que terão mentorias especializadas e suporte para o desenvolvimento dos seus produtos. As inscrições podem ser feitas até 14 de janeiro no site do programa.

O programa de aceleração é uma das frentes da área de inovação da empresa, batizada de Panvellabs. A área está se movimentando de forma acelerada. No início do mês, foi criado o comitê de inovação da companhia, responsável por definir a estratégia de inovação da empresa com foco na aceleração digital. Dentre os integrantes do comitê está o consultor de varejo Alberto Serrentino. “É um fórum que tem a função de discutir a inovação em todas as camadas da empresa”, afirma Napp.

O comitê também será responsável por selecionar as startups de um outro programa, que conecta a companhia com startups que ofereçam soluções interessantes para o futuro do negócio. O programa foi lançado em 2020, em meio à pandemia, e trouxe uma startup com foco em refinaria de dados e inteligência artificial com base no histórico de compras do cliente. Hoje já são 18 startups conectadas à rede. “Com o programa de aceleração, a ideia é ir além da conexão e mergulhar nas startups”, diz Napp.

As soluções trazidas por esse processo de reforço na inovação vão da entrega de produtos – que ocorre em parte com bicicletas elétricas – até a digitalização da admissão de pessoas na companhia, passando pelas inovações no ponto de venda.

O cliente que entra numa loja da Panvel pode usar o celular para ampliar sua experiência de compra por meio de QR Codes. Se tiver o aplicativo da Panvel, pode receber ofertas ou mesmo pagar o produto sem passar pelo caixa. “Eles pegam o produto, leem o código de barras no aplicativo e pagam”.

A Panvel também passou a usar um sistema que avisa o cliente quando o seu remédio de uso contínuo está perto do fim, utilizando para isso dados das compras anteriores. O aviso vem com uma oferta de desconto, e pode ser por e-mail, pelo aplicativo ou no balcão da loja. A solução é um passo importante na direção da personalização do atendimento, um dos pilares do varejo do futuro.

“O grande barato é ter essa tecnologia para o cliente receber a oferta seja do atendente, seja no celular. Isso é capacidade de fazer a jornada híbrida de fato. É o ápice do conceito de omnicanalidade”, afirma Alexandre Arnold, diretor de TI da Panvel.

A Panvel também tem conexão com serviços e telemedicina e segue investindo em soluções de serviços de saúde na farmácia, uma modalidade que explodiu com a pandemia, com a realização de testes de covid, e que é considerada uma “avenida de crescimento” pela rede.

Dobrar em 5 anos

O Grupo Dimed – que reúnea  rede de farmácias Panvel, a distribuidora de medicamentos Dimed e o laboratório Lifar – anunciou recentemente planos para dobrar seu faturamento até 2025, quando comparado com 2020. A partir do ano que vem, a empresa vai adotar o nome de sua rede de farmácias, e passa a se chamar Grupo Panvel.

Em 2020, a receita bruta do grupo atingiu R$ 2,9 bilhões, a projeção é de que este número alcance R$ 3,5 bilhões ao final de 2021 e chegue a R$ 6 bilhões em 2025. As vendas no varejo registraram crescimento de 28,9% no segundo trimestre deste ano.

A previsão é chegar a 525 lojas até dezembro deste ano, e alcançar 800 lojas em 2025, considerando o fortalecimento da presença das farmácias Panvel nos três estados do Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) e o avanço no mercado de São Paulo.

Dentre os pilares do plano de crescimento estão investimentos em ecossistemas de saúde e inovação, aperfeiçoamento dos canais digitais e consolidação da estratégia de ESG.

Nesta frente, a empresa destaca a instalação de cinco plantas de energia fotovoltaica na região Sul, que abastecem mais de 40% das lojas de rua da rede Panvel. A previsão é chegar a 100% destas lojas abastecidas com esta fonte de energia até o final de 2022.

“Não queremos ser os maiores: nossa ambição sempre foi a de sermos os melhores e mais consistentes do nosso mercado”, disse o presidente da empresa Julio Mottin Neto, em evento a investidores.

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