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Órgãos de defesa questionam restrições para fusão

Instituições alegam que a fusão vai restringir poder de escolha do consumidor no setor de alimentos

Segundo os órgãos de defesa ao consumidor, a fusão também dá poder para a empresa elevar os preços sem dar espaço para muita concorrência (Germano Lüders/EXAME)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 08h36.

São Paulo - A aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai limitar o poder de escolha do cliente, segundo avaliação dos órgãos de defesa do consumidor. Outro ponto crítico do acordo é uma possível elevação dos preços dos produtos da BR Foods. "Essas fusões dão muito poder de distribuição para uma única empresa. E a qualquer momento pode haver uma elevação de preço e ninguém ter controle sobre isso", afirma Marcelo Segredo, diretor-presidente da Associação Brasileira do Consumidor (ABC).

Pela decisão do Cade, alguns produtos com a marca Perdigão e Batavo serão suspensos por um determinado período para evitar uma concentração no mercado. "A retirada de algumas marcas priva o consumidor de escolher e comprar aquele produto que era da preferência dele", afirma a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci. Para ela, no entanto, o Cade acertou ao proibir a criação de novas marcas, que poderiam ser associadas com as que serão retiradas do mercado.

No entanto, o ideal para a instituição seria a definição de "medidas mais bem estruturadas" que obrigariam a empresa a se desfazer de algumas marcas por meio de leilão no menor prazo possível ou até mesmo ocorrer o bloqueio da fusão por causa da concentração.

De acordo com Maria Inês, toda vez em que há uma fusão o mercado encolhe num primeiro momento, o que pode prejudicar o consumidor. "Isso depende do segmento, da situação do momento da fusão e das regras que o Cade determina."

Na avaliação do gerente de comunicação do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Carlos Thadeu de Oliveira, as restrições impostas à BR Foods para tentar aumentar a concorrência não terão efeito. "Duvido que em pouco tempo um novo concorrente possa surgir, principalmente na área de alimentos, em que há mais concentração", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai limitar o poder de escolha do cliente, segundo avaliação dos órgãos de defesa do consumidor. Outro ponto crítico do acordo é uma possível elevação dos preços dos produtos da BR Foods. "Essas fusões dão muito poder de distribuição para uma única empresa. E a qualquer momento pode haver uma elevação de preço e ninguém ter controle sobre isso", afirma Marcelo Segredo, diretor-presidente da Associação Brasileira do Consumidor (ABC).

Pela decisão do Cade, alguns produtos com a marca Perdigão e Batavo serão suspensos por um determinado período para evitar uma concentração no mercado. "A retirada de algumas marcas priva o consumidor de escolher e comprar aquele produto que era da preferência dele", afirma a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci. Para ela, no entanto, o Cade acertou ao proibir a criação de novas marcas, que poderiam ser associadas com as que serão retiradas do mercado.

No entanto, o ideal para a instituição seria a definição de "medidas mais bem estruturadas" que obrigariam a empresa a se desfazer de algumas marcas por meio de leilão no menor prazo possível ou até mesmo ocorrer o bloqueio da fusão por causa da concentração.

De acordo com Maria Inês, toda vez em que há uma fusão o mercado encolhe num primeiro momento, o que pode prejudicar o consumidor. "Isso depende do segmento, da situação do momento da fusão e das regras que o Cade determina."

Na avaliação do gerente de comunicação do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Carlos Thadeu de Oliveira, as restrições impostas à BR Foods para tentar aumentar a concorrência não terão efeito. "Duvido que em pouco tempo um novo concorrente possa surgir, principalmente na área de alimentos, em que há mais concentração", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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