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Oi pode considerar vender braço de telefonia móvel

Vice-presidente de operações afirmou que existe a possibilidade se ofertas forem boas, mas que empresa não depende disso para seus planos de investimentos

Oi: empresa confirmou que pode vender parte de telefonia móvel se ofertas forem boas (Paulo Whitaker/Reuters)

Oi: empresa confirmou que pode vender parte de telefonia móvel se ofertas forem boas (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de outubro de 2019 às 18h40.

O grupo de telecomunicações Oi pode considerar vender sua operação móvel se receber ofertas atraentes, disse o vice-presidente de operações Rodrigo Abreu nesta quarta-feira, 2, após relatos de interesse de suas maiores rivais.

Ainda assim, Abreu, poucas semanas após ter sido escolhido para o novo cargo na Oi, disse em entrevista à Reuters que essa transação não é essencial para o plano estratégico da empresa: "Não faz parte do nosso plano de curto prazo e não dependemos da venda da operação móvel para realizar nosso plano de investimentos, mas é uma opção no futuro." Ele acrescentou que a Oi não iniciou um processo formal de venda da unidade de telefonia móvel.

A Reuters informou no mês passado que a Oi estava em negociações preliminares com a espanhola Telefónica e a italiana Telecom Italia para vender sua rede móvel e evitar uma possível crise de caixa.

A maior operadora de telefonia fixa do Brasil entrou com pedido de recuperação judicial em junho de 2016 para reestruturar aproximadamente 65 bilhões de reais de dívida.

Abreu disse que a venda de ativos não essenciais deve ser o bastante para financiar o investimento no serviço de banda larga residencial com fibra óptica (FTTH), um dos principais focos da Oi.

Em julho, a Oi divulgou planos para levantar até 7,5 bilhões de reais com a venda de ativos não essenciais -incluindo torres, centrais de processamento de dados, imóveis e sua fatia de 25% na angolana Unitel. Abreu disse que a Oi espera alienar sua fatia na Unitel este ano e teve progresso na venda de três ativos imobiliários.

"Não haverá serviço de banda larga 5G, nem alta velocidade no Brasil sem a Oi, como operadora ou provedor de infraestrutura para outras operadoras", disse Abreu.

Ele reconheceu que a base de clientes móveis da Oi, a quarta maior do Brasil, encolheu, mas que o negócio é sustentável. "Continuaremos a investir seletivamente para mantê-lo valioso", acrescentou Abreu.

O executivo reafirmou que é provável que a Oi gere fluxo de caixa positivo até 2021, conforme prevê o plano estratégico de julho.

A operadora está em negociações para potencialmente emitir 2,5 bilhões em dívidas lastreadas em recebíveis ou receitas de vendas futuras de ativos para atender às necessidades de caixa de curto prazo, disse ele, recusando-se a especificar as garantias ou a dar um prazo para a transação.

As ações preferenciais da Oi caíram 2,1% nesta quarta-feira, acumulando ganhos acima de 10% até agora em 2019.

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