Oi apresenta novo plano de recuperação judicial
No novo plano, detentores de títulos terão permissão para negociar sua dívida por até 75 por cento do capital da operadora
Reuters
Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 07h47.
Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 12h54.
São Paulo - A empresa de telecomunicações Oi protocolou na terça-feira uma nova versão do plano de recuperação judicial à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, com termos mais favoráveis para os detentores de bônus e credores governamentais em uma tentativa de conseguir aprovação em assembleia marcada para 19 de dezembro.
A Oi afirmou que os detentores de títulos poderão negociar sua dívida por até 75 por cento do capital da operadora, permitindo que a companhia seja efetivamente adquirida pelos credores.
O plano anterior apresentado pela Oi com aprovação de seu conselho limitava a troca de dívida a 25 por cento do capital da companhia e foi fortemente criticado pelos detentores de títulos.
A empresa também mudou os termos de reestruturação para os créditos da agência reguladora Anatel. As multas serão pagas em 20 anos, com ajuste taxa básica de juros, a Selic.
A Oi disse que um grupo de titulares de bônus confirmou estar disposto "a prontamente fornecer ou obter compromissos firmes de garantia da subscrição integral do aumento de capital de 4 bilhões de reais previsto no plano".
Nesta quarta-feira, a Oi afirmou que chegou a acordo com uma série de detentores de bônus, mas sem dar detalhes se estes credores são suficientes para a empresa ter base de apoio suficiente para aprovação do novo plano de recuperação na primeira convocação da assembleia, em 19 de dezembro.
O acordo foi alcançado com 13 grupos detentores de títulos emitidos pela companhia e suas subsidiárias, mas a empresa também não informa os termos sobre os quais os grupos concordaram. As ações ordinárias da operadora, que apresentou pedido de recuperação judicial em junho do ano passado despencavam cerca de 8,6 por cento às 10h58, enquanto os papéis preferenciais tinham queda de mais de 3,3 por cento.
A Oi afirmou ainda que firmou acordos de confidencialidade com os grupos International Bondholder Committee (IBC) e com alguns integrantes do grupo ad hoc de credores (AHG). Os acordos foram acertados "em princípio" e podem envolver aceitação destes credores a injeção de dinheiro novo na operadora que listou mais de 65 bilhões de reais em dívidas, das quais 14 bilhões de reaisdetidas por entidades vinculadas ao governo, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).