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OGX vive turbulência que aponta para mais perdas a credores

Após a demissão do diretor financeiro da empresa, credores temem que a OGX caminhe para o maior calote corporativo da América Latina

Instalação da OGX: a petrolífera deve deixar de pagar amanhã US$ 45 milhões em juros da dívida (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 10h06.

Nova York e Rio de Janeiro - Nos últimos 10 dias, Eike Batista demitiu o diretor financeiro da OGX e contratou uma quinta empresa como consultora em meio às tentativas de salvar a companhia.

A atitude deixou credores com perdas ainda maiores, ampliando os temores de que a OGX caminha para o maior calote corporativo da América Latina. Os títulos da empresa para 2018 caíram 3,2 centavos de dólar, para 17 centavos de dólar desde 20 de setembro. Nessa data, a OGX anunciou a saída de Roberto Monteiro, que liderava a negociação com os credores. A empresa contratou Lazard Ltd. quatro dias depois para atuar como representante junto à Blackstone nas negociações.

A OGX deve deixar de pagar amanhã US$ 45 milhões em juros da dívida, segundo duas pessoas a par da situação. Se a OGX não conseguir convencer os credores ou outros parceiros a garantir alívio financeiro, os detentores dos títulos podem terminar sem nada, disse o JPMorgan Chase Co. em relatório.

“É negativo para o crédito”, disse Marco Aurélio de Sá, chefe da mesa de operações da unidade de Miami do Credit Agricole SA em entrevista. “Se você muda a linha comum no auge das negociações, isso mostra que há grande divergência entre a administração e o controlador.”

A OGX não quis fazer comentários sobre a situação das negociações com os credores, o pagamento da dívida no exterior ou sobre a demissão de Monteiro. A EBX não respondeu a e-mail da Bloomberg com pedido de comentarios.

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A atitude deixou credores com perdas ainda maiores, ampliando os temores de que a OGX caminha para o maior calote corporativo da América Latina. Os títulos da empresa para 2018 caíram 3,2 centavos de dólar, para 17 centavos de dólar desde 20 de setembro. Nessa data, a OGX anunciou a saída de Roberto Monteiro, que liderava a negociação com os credores. A empresa contratou Lazard Ltd. quatro dias depois para atuar como representante junto à Blackstone nas negociações.

A OGX deve deixar de pagar amanhã US$ 45 milhões em juros da dívida, segundo duas pessoas a par da situação. Se a OGX não conseguir convencer os credores ou outros parceiros a garantir alívio financeiro, os detentores dos títulos podem terminar sem nada, disse o JPMorgan Chase Co. em relatório.

“É negativo para o crédito”, disse Marco Aurélio de Sá, chefe da mesa de operações da unidade de Miami do Credit Agricole SA em entrevista. “Se você muda a linha comum no auge das negociações, isso mostra que há grande divergência entre a administração e o controlador.”

A OGX não quis fazer comentários sobre a situação das negociações com os credores, o pagamento da dívida no exterior ou sobre a demissão de Monteiro. A EBX não respondeu a e-mail da Bloomberg com pedido de comentarios.

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