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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
São Paulo - A OGX Petróleo e Gás, do grupo do empresário Eike Batista, informou hoje que concluiu a perfuração do poço 1-OGX-12-SPS, localizado no bloco BM-S-57, em águas rasas da Bacia de Santos, e que encontrou apenas "ocorrências de hidrocarbonetos não comerciais". A OGX detém 100% de participação neste bloco.
Segundo a empresa, a perfuração do poço, chamado de Niterói, atingiu uma profundidade total de 5.074 metros. Foram encontrados reservatórios carbonáticos da seção albiana com boas condições permo-porosas, porém com "selo não eficaz" - ou seja, ele não tem uma estrutura que permita a acumulação do petróleo.
A OGX explica que "o sistema petrolífero está ativo", pois foram encontrados "dois intervalos de reservatórios carbonáticos de pequenas espessuras com indícios de hidrocarbonetos nas seções aptiana e barremiana". No entanto, apesar dessas evidências, o poço não é comercializável. De acordo com a companhia, as informações adquiridas neste poço são de grande importância para a "calibração do novo modelo geológico para a região".
"O post-mortem do poço nos leva a crer que a falta de selo tenha sido a causa da inexistência de uma acumulação comercial de hidrocarbonetos. O fato de termos encontrado bons reservatórios e confirmado a existência de sistema petrolífero ativo nesta parte da bacia é muito positivo, pois diminui o risco em futuros poços", comentou em comunicado o diretor geral da OGX, Paulo Mendonça.
O executivo disse ainda que, após uma campanha altamente bem sucedida com descobertas nos 14 primeiros poços anunciados, a perfuração do poço Niterói tinha como maior objetivo testar um "modelo geológico novo". O poço OGX-12 situa-se a aproximadamente 95 quilômetros da costa, onde a lâmina d'água é de cerca de 150 metros. A sonda utilizada ali será deslocada para o bloco BM-S-56 e perfurará o prospecto Belém.
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