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Oferta de R$ 16 bi pelo Chelsea reforça superciclo do futebol

Clubes esportivos viraram alvo de grandes investidores num momento de grande liquidez internacional, o que impulsiona a busca por ativos alternativos

Chelsea em campo: clube inglês foi comprado em 2003 pelo bilionário russo Roman Abramovich (Paul Childs/Reuters)

Chelsea em campo: clube inglês foi comprado em 2003 pelo bilionário russo Roman Abramovich (Paul Childs/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 07h02.

Última atualização em 10 de dezembro de 2019 às 07h28.

São Paulo — O superciclo do futebol, com receitas e ofertas recordes por clubes mundo afora, ganha um novo capítulo nesta terça-feira. O jornal Wall Street Journal revelou que o investidor americano Todd Boehly, co-proprietário do time de baseball Los Angeles Dodgers, fez uma oferta para comprar a clube de futebol inglês Chelsea por pouco menos de 3 bilhões de libras (cerca de 16 bilhões de reais).

Ainda segundo o Journal, a primeira oferta foi rejeitada pelo dono do Chelsea, o bilionário russo Roman Abramovich, mas as duas partes seguem negociando. A oferta acontece poucos dias depois que o fundo americano Silver Lake investiu 500 milhões de dólares em outro clube inglês, o Manchester City, que passou a ser a equipe esportiva mais valiosa da história, com valor de 4,8 bilhões de dólares.

Abramovich foi um dos primeiros investidores estrangeiros a investir em clubes ingleses, em 2003, impulsionando o período de maior valorização do esporte no país. Segundo o Financial Times, as tensões políticas entre Reino Unido e Rússia fizeram o empresário buscar cidadania israelense e adiar a construção de um novo estádio para o Chelsea, impulsionando especulações sobre uma venda.

Clubes esportivos viraram alvo de grandes investidores num momento de grande liquidez internacional, o que impulsiona a busca por ativos alternativos. A primeira onda de investimentos, como a de Abramovich, na virada do século, estava mais ligada a bilionários em busca de diversão e desafios. Mas os últimos anos atraíram para o esporte mais fundos de investimento, interessados na valorização do valor de mercado das equipes.

Como mostra reportagem da última edição de EXAME, o futebol inglês é especialmente atrativo por ter o campeonato mais disputado do mundo. A alta competitividade, puxada por uma distribuição mais igualitária das cotas de televisão, melhora o espetáculo, atrai mais torcedores e é o ponto de partida de um ciclo virtuoso.

O país é apontado por especialistas em gestão esportiva como modelo para o Brasil. O sucesso esportivo e financeiro do Flamengo, este ano, pode ser um gancho para a discussão de ferramentas que ajudem a impulsionar as receitas de todo o futebol brasileiro. O time carioca pode disputar a final do mundial de clubes, no Catar, justamente contra o líder do campeonato inglês, o Liverpool.

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