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OAS poderá dar passo essencial para plano de recuperação judicial

A construtora poderá começar a transferir papéis que possui na Invepar com a publicação de uma decisão da Justiça, diz Valor Econômico

Construção civil | Foto: Dado Galdieri/Bloomberg (Dado Galdieri/Bloomberg)

Karin Salomão

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 11h43.

Última atualização em 4 de novembro de 2016 às 20h15.

São Paulo - Uma semana depois de ter o pedido de recuperação judicial aprovado pela Justiça, a OAS poderá começar a colocá-lo em prática.

A empresa espera a publicação de uma decisão contrária a pedidos de alguns credores para a anulação do plano de recuperação , que será emitida pela 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

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Com isso, a empreiteira poderá transferir as ações que possui na Invepar para os credores e substituir as dívidas antigas por novos papéis, segundo o jornal Valor Econômico. Essas mudanças deverão acontecer até o fim de novembro, afirmou o jornal.

A OAS possui uma participação de 24,4% na holding de infraestrutura Invepar, que é dona de concessões como o aeroporto de Guarulhos. Com a transferência dessas ações para os acionistas, a empreiteira poderá ganhar R$ 270 milhões, de acordo com o Valor.

O valor pode ajudar no pagamento da dívida da empresa, que chegou a R$ 2,8 bilhões depois da aprovação do plano de recuperação judicial.

Para que ela não fosse à falência, os credores aceitaram reduzir drasticamente a dívida, que era de R$ 10 bilhões. Concordaram, também em tomar a Invepar, principal empresa do grupo, como pagamento por outra parte da dívida.

No entanto, a OAS terá dificuldades de arcar com o valor. Segundo cálculos do diretor financeiro da empresa, Josedir Barreto, a construtora terá de chegar a uma receita anual de R$ 5 bilhões em 2021 para conseguir pagar sua dívida no tempo que foi acordado.

A previsão de faturamento para 2017 é de apenas R$ 2 bilhões. Para alcançar a receita prevista no plano de negócios, ela espera voltar a crescer nos próximos anos.

Os problemas da construtora começaram há dois anos, quando ela passou a ser investigada na Operação Lava Jato. Para impedir a continuação da corrupção descoberta na investigação, ela será vigiada pelos próximos 25 anos.

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