Exame Logo

O que o grupo Silvio Santos ainda tem para vender

Após o rombo no Panamericano, grupo já se desfez da Braspag e pretende vender Lojas do Baú

Tempo de negociações (Luciana Prezia/Contigo)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 19h25.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h33.

São Paulo – Nessa semana, o Grupo Silvio Santos anunciou a venda da Braspag, empresa de processamento de pagamentos online, para a Cielo por 40 milhões de reais. Além dela, a Lojas do Baú deve ser vendida dentro dos próximos 90 dias, segundo Lásaro do Carmo, vice-presidente do Grupo Silvio Santos. O montante vindo das aquisições será investido nas operações de consumo (Jequiti), comunicação (encabeçada pelo SBT) e capitalização (Tele Sena). Um dos nossos problemas era falta de foco”, disse o executivo a EXAME.com. Nos setores em que pretende focar nos próximos cinco anos, o Grupo planeja novos produtos de capitalização para 2011 e tem o plano de uma nova empresa no segmento de consumo. “Tudo depende da nossa atuação em cinco anos”, disse Carmo. O executivo afirma que o grupo não pretende vender todas as suas operações que estão fora desse foco atual, como fez com a Braspag e pretende fazer com a Lojas do Baú, mas também não descarta possíveis operações. “No mundo dos negócios nunca se diz nunca, depende do cheque”, disse. Do total de 30 empresas do Grupo, algumas chamam a atenção por estarem fora dos três setores destacados como foco de investimentos, especialmente na área de construção. “Não necessariamente serão vendidas, mas vão ter menos investimentos”, segundo o executivo. Atualmente o Grupo Silvio Santos divide-se em três segmentos: a divisão de comércio e serviços (com BF Utilidades domésticas, Liderança Capitalização e Promolíder, produtora de vídeo responsável pelas campanhas das marcas Baú e Tele Sena), a divisão de comunicação (capitaneada pelas operações do SBT - Sistema Brasileiro de Televisão, TV SBT Canal 4 de São Paulo) e novos negócios (concentra as operações do Grupo nos segmentos de incorporação imobiliária, por meio da Sisan, hotelaria, com as operações do Complexo Jequitimar e Jequiti). Veja  a seguir possíveis ativos que o Grupo ainda tem para vender:
  • 2. Sisan, braço imobiliário

    2 /6

  • Veja também

    São Paulo - Em 1990, a Sisan foi criada para administrar os mais de 110 imóveis de Silvio Santos e seu grupo. Nos anos 2000, a empresa começou a operar como uma incorporadora. Em 2002, a Sisan lançou seu primeiro empreendimento, o Residencial Vida & Alegria, na cidade de São Paulo. A empresa também realizou a construção do hotel Sofitel Jequitimar, no Guarujá. Os investimentos, segundo Lásaro do Carmo, vice-presidente do Grupo Silvio Santos, serão menores neste braço do Grupo.
  • 3. Companhias que integram a Sisan

    3 /6(Divulgação)

  • São Paulo - A Sisan engloba cinco outras empresas, são elas: as administradoras de edifícios Oscar Freire Open View, Galeno de Almeida Open View, Ricardo de Almeida Open View, a São Cristóvão empreendimentos e participações e a SCBV Shopping Center Bela Vista. Os imóveis foram construídos pela Sisan e são administrados pelas outras empresas que, por uma questão de sinergias, estão inseridas na Sisan. A receita de todas essas companhias é contabilizada no balanço da Sisan, mas nada impede que o Grupo se desfaça de apenas um ou  alguns desses ativos.
  • 4. Jequitimar, lado hoteleiro

    4 /6

    São Paulo - Silvio Santos inaugurou um resort em 2007. Com 302 quartos, o resort está instalado no Guarujá, litoral de São Paulo. O grupo não tem planos de vender seus hotéis, mas também não deve construir novos empreendimentos enquanto o foco estiver em consumo, comunicação e capitalização, segundo Lásaro do Carmo Jr., vice-presidente do Grupo Silvio Santos. O empreendimento foi inaugurado em 2007 e, pelo plano de negócios, deve atingir a taxa de ocupação esperada pelos seus idealizadores neste ano.
  • 5. Panseg, vale saúde e vale desconto

    5 /6(EXAME/EXAME.com)

    São Paulo – A Panseg é uma empresa de benefícios vende vale saúde e vale desconto, ela ficava dentro do banco Panamericano, mas não atuava no projeto financeiro. A empresa encerrou o ano de 2010 com faturamento de 27 milhões de reais. A companhia  foi adquirida pelo grupo em 2006. Na época, ela prestava serviços internamente, os vales eram distribuídos para as consultoras da Jequiti, por exemplo. Apesar de o nome fazer referência ao Panamericano, o braço de seguro não foi vendido junto com o banco ao BTG Pactual, no início deste ano.
  • 6. Baú da Felicidade, venda já está confirmada

    6 /6(Divulgação)

    Em meio à crise do Grupo Silvio Santos, o Baú da Felicidade Crediário foi o ativo mais certo de ser vendido e será. Em fevereiro deste ano, a agência de notícias Bloomberg anunciou o interesse do Grupo em se desfazer do ativo. Com mais de 120 lojas concentradas no Sul e Sudeste do país, a rede de varejo de Silvio foi cortejada pela paranaense MM Mercado Móveis, pela mexicana Elektra e pela Casas Bahia.

    Após desativar os famosos carnês do Baú, o resultado da rede se deteriorou. Em 2009, a Divisão de Comércio e Serviços do grupo, que contabiliza seu desempenho junto com o da Liderança Capitalização, apresentou prejuízo de 23,4 milhões de reais. No ano anterior, o lucro fora de 2,6 milhões.
  • Acompanhe tudo sobre:EmpresasFusões e AquisiçõesGrupo Silvio SantosNegociações

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Negócios

    Mais na Exame