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O mundo pós-coronavírus: as impressões de Carlos Gatti para os negócios

Para sócio e líder do comitê de inovação e investimentos da KPMG há mudanças em como conduzir os negócios

Carlos Gatti, da KPMG. (KPMG/Divulgação)

Marina Filippe

Publicado em 17 de abril de 2020 às 09h37.

Que mundo encontraremos após a pandemia do coronavírus ? Que lições teremos aprendido? Como passaremos a lidar com a saúde? Como ficarão aspectos do cotidiano, como as relações de afeto, o mercado de consumo, a espiritualidade? E a economia? Ninguém tem ainda essas respostas.

O resultado vai depender de nossa com­preensão dos acontecimentos, dos posicionamentos da sociedade civil, das atitudes socialmente responsáveis das empresas, dos caminhos adotados pelos governantes. Em resumo: vai depender de nós.

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Para tentar antecipar esses cenários, falamos com especialistas em diversas áreas. O resultado você confere nesta reportagem da edição 1207. Nos próximos dias, continuaremos o debate com outros especialistas aqui no site.

Abaixo o depoimento de Carlos Gatti, sócio e líder do comitê de inovação e investimentos da KPMG.

Houve uma mudança fundamental na perspectiva de como conduzir o negócio nesses próximos meses. O que as empresas vinham fazendo era um plano de desenvolvimento e crescimento arrojado, especialmente em transformação digital. Mas muitas perceberam que não estão preparadas nem mesmo para oferecer infraestrutura para o funcionário num trabalho remoto, por exemplo.

Todo mundo já percebeu que existe um momento de reflexão geral sobre o modelo de negócio. As pessoas olhavam os negócios no contexto de como ele evolui e agora olha sobre como eles realmente se transformam. O modelo de nível hierárquico fica diferente e tende a ser mais horizontal e a infraestrutura das redes impulsiona uma transformação mais radical do que as empresas esperavam.

Por exemplo, este ano a deixamos de ter muitos dos eventos de tecnologia que foram cancelados por conta do coronavírus, o que nos leva a ver que os grandes players do setor terão de repensar como eles se relacionam com o mercado e quais às alternativas pós-pandemia.

A necessidade de criar modelos alternativos também nos leva a pensar quais são as habilidades e competências necessárias para os profissionais porque nesse tipo de situação você tem que fazer um exercício diferente do tradicional em para rapidamente atender as suas necessidades e a dos clientes.

 

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