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"Novela" da venda da TAP pode acabar nesta 5ª feira

Com dívida estimada em 1 bilhão, a TAP conta com o processo de privatização para receber uma injeção de capital

TAP: os grupos que disputam a TAP são liderados pelos controladores das companhias aéreas brasileiras Azul e Avianca (Bloomberg via Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2015 às 09h00.

São Paulo - Os ministros portugueses vão discutir hoje as propostas de compra da companhia aérea estatal TAP , que está em fase de privatização .

De acordo com informações do governo português, o anúncio da decisão sobre quem comprará a empresa está previsto para hoje, mas pode ser adiado se os ministros solicitarem um prazo maior para avaliar as propostas.

Os grupos que disputam a TAP são liderados pelos controladores das companhias aéreas brasileiras Azul e Avianca - os empresários David Neeleman e Germán Efromovich, respectivamente.

"Nunca estivemos tão perto da conclusão do processo de privatização", disse ao jornal O Estão de S. Paulo o presidente da TAP, Fernando Pinto.

"Fizemos estudos sobre as vantagens financeiras e estratégicas de cada uma das propostas. Essa análise está nas mãos do governo e a decisão final é dos ministros", disse o executivo, sem informar os detalhes sobre as propostas recebidas.

De acordo com Pinto, o processo de due dilligence (checagem financeira) da empresa já foi feito. Após a decisão do governo português, a concretização da venda ainda depende do aval das autoridades regulatórias de concorrência e aviação de Portugal.

Hoje a TAP voa para 88 destinos em 38 países com uma frota de 77 aviões.

A empresa atraiu investidores brasileiros porque é forte no País. A TAP opera 84 voos semanais para o Brasil - rotas transportaram cerca de 40% de seus passageiros em 2014.

Com dívida estimada em 1 bilhão, a TAP conta com o processo de privatização para receber uma injeção de capital.

Terceira rodada

Essa é a terceira vez que o governo português tenta privatizar a TAP. A primeira tentativa, em 2000, fracassou quando a Swiss Air, vencedora do leilão, desistiu do negócio.

Em 2012, o governo português só conseguiu atrair um interessado pela empresa - Germán Efromovich, da Avianca - e recusou sua proposta. Desta vez, o governo colocou à venda uma fatia de 66% da empresa, sendo 61% para investidores privados e 5% para os trabalhadores da companhia.

Em maio, na primeira fase do processo de privatização que está em curso, o governo português recebeu propostas de três grupos interessados na empresa.

Além de Neeleman e Efromovich, o empresário português Miguel Pais do Amaral entrou na disputa, mas sua proposta foi desclassificada e não seguiu para a segunda fase.

Depois de receber o aval do governo português, Neeleman e Efromovich apresentaram no último dia 5 a versão mais detalhada de seus planos.

O conteúdo não foi divulgado, mas, segundo a imprensa portuguesa, incluem planos de renovação da frota da TAP.

Resistência

A privatização da TAP enfrenta resistência de grupos da sociedade civil e dos trabalhadores.

Em maio, quatro sindicatos ligados à aviação, entre eles o de pilotos, divulgaram carta contra a venda da empresa.

Os sindicatos organizaram diversas greves nos últimos meses e chegaram a suspender o processo de venda por duas vezes, mas o governo português destravou o processo, alegando "interesse público". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Os ministros portugueses vão discutir hoje as propostas de compra da companhia aérea estatal TAP , que está em fase de privatização .

De acordo com informações do governo português, o anúncio da decisão sobre quem comprará a empresa está previsto para hoje, mas pode ser adiado se os ministros solicitarem um prazo maior para avaliar as propostas.

Os grupos que disputam a TAP são liderados pelos controladores das companhias aéreas brasileiras Azul e Avianca - os empresários David Neeleman e Germán Efromovich, respectivamente.

"Nunca estivemos tão perto da conclusão do processo de privatização", disse ao jornal O Estão de S. Paulo o presidente da TAP, Fernando Pinto.

"Fizemos estudos sobre as vantagens financeiras e estratégicas de cada uma das propostas. Essa análise está nas mãos do governo e a decisão final é dos ministros", disse o executivo, sem informar os detalhes sobre as propostas recebidas.

De acordo com Pinto, o processo de due dilligence (checagem financeira) da empresa já foi feito. Após a decisão do governo português, a concretização da venda ainda depende do aval das autoridades regulatórias de concorrência e aviação de Portugal.

Hoje a TAP voa para 88 destinos em 38 países com uma frota de 77 aviões.

A empresa atraiu investidores brasileiros porque é forte no País. A TAP opera 84 voos semanais para o Brasil - rotas transportaram cerca de 40% de seus passageiros em 2014.

Com dívida estimada em 1 bilhão, a TAP conta com o processo de privatização para receber uma injeção de capital.

Terceira rodada

Essa é a terceira vez que o governo português tenta privatizar a TAP. A primeira tentativa, em 2000, fracassou quando a Swiss Air, vencedora do leilão, desistiu do negócio.

Em 2012, o governo português só conseguiu atrair um interessado pela empresa - Germán Efromovich, da Avianca - e recusou sua proposta. Desta vez, o governo colocou à venda uma fatia de 66% da empresa, sendo 61% para investidores privados e 5% para os trabalhadores da companhia.

Em maio, na primeira fase do processo de privatização que está em curso, o governo português recebeu propostas de três grupos interessados na empresa.

Além de Neeleman e Efromovich, o empresário português Miguel Pais do Amaral entrou na disputa, mas sua proposta foi desclassificada e não seguiu para a segunda fase.

Depois de receber o aval do governo português, Neeleman e Efromovich apresentaram no último dia 5 a versão mais detalhada de seus planos.

O conteúdo não foi divulgado, mas, segundo a imprensa portuguesa, incluem planos de renovação da frota da TAP.

Resistência

A privatização da TAP enfrenta resistência de grupos da sociedade civil e dos trabalhadores.

Em maio, quatro sindicatos ligados à aviação, entre eles o de pilotos, divulgaram carta contra a venda da empresa.

Os sindicatos organizaram diversas greves nos últimos meses e chegaram a suspender o processo de venda por duas vezes, mas o governo português destravou o processo, alegando "interesse público". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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