São Paulo - A fabricante de remédios suíça Novartis elevou suas estimativas para o ano nesta quarta-feira após a competição com a entrada de remédios genéricos com o seu produto mais vendido para pressão ter sido adiada, dando à empresa mais tempo antes da perda de patentes.

A Novartis disse que espera que as vendas do ano cresçam a uma taxa de um dígito baixo em um cenário de câmbio constante, com queda de um dígito baixo no lucro. Anteriormente, a empresa esperava uma queda de um dígito médio no lucro e vendas líquidas estáveis.

O lucro nos negócios principais da empresa caiu 4 por cento no segundo trimestre, para 1,30 dólares por ação, abaixo do consenso das estimativas de analistas ouvidos pela Reuters de 1,34 dólar por ação, enquanto as vendas líquidas subiram 1 por cento, para 14,488 bilhões de dólares, ante uma estimativa média de 14,314 bilhão de dólares.

O forte desempenho de novas drogas ajudou a compensar as perdas de patentes, contribuindo para um terço das vendas líquidas do grupo. Apesar da concorrência de produtos genéricos, as vendas do remédio para esclerose múltipla Gilenya subiram 65 por cento, enquanto as receitas do Afinitor, contra câncer, saltaram 76 por cento.

O grupo também mostrou mais esperanças com mercados emergentes, com as vendas na China subindo mais de 25 por cento a um câmbio constante no trimestre.

"Eu esperaria que a Novartis pudesse pelo menos crescer em linha com o mercado com a continuidade do acesso a cuidados de saúde na China, talvez não a 25 por cento, mas definitivamente em dois dígitos", disse o presidente-executivo Joe Jimenes, durante teleconferência com jornalistas.