Negócios

Petrobras não vai dar marcha à ré, diz Bendine

O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, assegurou que tem total "liberdade" e "autonomia" em sua gestão na Petrobras


	Bendine: presidente da Petrobras afirma que Conselho de Administração lhe deu "liberdade" e "autonomia"
 (Reprodução/Jornal Nacional)

Bendine: presidente da Petrobras afirma que Conselho de Administração lhe deu "liberdade" e "autonomia" (Reprodução/Jornal Nacional)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 21h02.

São Paulo - O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse em entrevista ao Jornal Nacional que tem total "liberdade" e "autonomia" em sua gestão na Petrobras, dada pelo Conselho de Administração da estatal.

A afirmação foi em resposta às críticas do mercado financeiro sobre a possível ingerência do governo na Petrobras.

Aldemir Bendine citou sua experiência no Banco do Brasil para ressaltar que já teve experiências em uma empresa que funciona no regime de economia mista (como é o caso da Petrobras) e que é "qualificado" na área.

Resposta aos escândalos

Perguntado sobre como a Petrobras lidará com os escândalos de corrupção, o novo presidente ressaltou a qualidade dos funcionários.

"É o melhor quadro técnico do mundo no setor", afirmou Aldemir Bendine, dizendo não ter dúvida de que "darão uma resposta à altura".

Segundo ele, a Petrobras não vai parar e não vai dar marcha à ré.

Para isso, Bendine disse que irá aprimorar o modelo de governança da estatal, com mudanças no formato de decisões.

Ele também afirmou que a Petrobras terá mais liberdade para ajustar seus preços, apesar de dizer que a estatal "nunca vai se sujeitar à volatidade do preço do petróleo no mercado internacional".

Balanço e auditoria

Aldemir Bendine contestou a perda de R$ 88,6 bilhões que a Petrobras teve com corrupção, apresentada por Graça Foster no último balanço da companhia.

"Esse número não é um indicativo", disse Bendine. Segundo o novo presidente da petroleira, novas métricas e formas de avaliação estão sendo discutidas.

Ele disse ter certeza de que a auditoria, feita pela PwC, irá validar a nova metodologia.

Bendine adiantou que haverá uma baixa de ativos da Petrobras, porque "estamos fazendo uma correção do passado".

O objetivo, disse ele, é mostrar com muita clareza e transparência a companhia no momento. 

O balanço refletirá essa situação atual, de acordo com Aldemir Bendine, e pode ser influenciado por questões relativas à corrupção, mas também por outros fatores, como a perda de valor das commodities (produtos básicos de exportação).

Pequenos acionistas

Perguntado sobre o que diria aos pequenos acionistas da Petrobras, Aldemir Bendine pediu para que eles continuassem a acreditar na companhia.

"Ela está passando por um momento de dificuldade; ela é a maior prejudicada", afirmou o presidente da estatal.

Bendine, funcionário de carreira do Banco do Brasil, assumiu a presidência da Petrobras após a renúncia de Graça Foster e de outros 5 diretores.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPETR4PetrobrasPetróleoPresidentes de empresa

Mais de Negócios

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Empreendedor produz 2,5 mil garrafas de vinho por ano na cidade

Mais na Exame