O lucro no último trimestre caiu para US$ 105 mi, frente aos US$ 214 mi do mesmo período do ano passado, devido ao retrocesso das vendas de computadores e tablets e a crescente concorrência no mercado dossmartphones (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2015 às 06h52.
Pequim - A empresa tecnológica chinesa Lenovo, maior fabricante mundial de computadores pessoais, anunciou nesta quinta-feira que demitirá 3.200 de seus funcionários após uma queda de 51% em seu lucro líquido do trimestre que terminou em junho.
A companhia informou em comunicado que seu lucro no último trimestre caiu para US$ 105 milhões, frente aos US$ 214 milhões do mesmo período do ano passado, devido ao retrocesso das vendas de computadores e tablets e a crescente concorrência no mercado dos smartphones.
"No último trimestre, enfrentamos seguramente o ambiente de mercado mais duro dos últimos anos, mas ainda conseguimos resultados sólidos", afirmou o presidente e executivo-chefe da empresa, Yanqing Yang.
O arrefecimento econômico na América Latina, especialmente, no Brasil, acompanhado pelas oscilações nas divisas, também repercutiu nos resultados da companhia, segundo ressaltou o comunicado.
A Lenovo reagiu a estes resultados adversos e abaixo de suas expectativas com um corte de 5% em sua força de trabalho (de cerca de 60.000 funcionários no mundo todo), que se centrará exclusivamente em seu pessoal não manufatureiro, mas não detalhou em que países o aplicará.
A empresa chinesa estima que, com estas demissões, economizará US$ 650 milhões na segunda metade do ano e cerca de US$ 1,35 bilhão ao longo do próximo ano.
Yang antecipou que a companhia acelerará a integração da Lenovo com a Motorola, comprada pela empresa chinesa no início do ano passado por US$ 2,91 bilhões, e que tentará aumentar a eficiência de sua divisão de computadores pessoais.
"Através destes esforços nos transformaremos em uma empresa global mais rápida, mais forte e melhor", garantiu Yang.
Após realizar estes anúncios, as ações da Lenovo na Bolsa de Hong Kong se afundaram com perdas que chegaram a superar 9%.