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Nissan revela falsificação de dados de emissões em fábricas japonesas

A empresa comunicou que em cinco das suas seis fábricas no Japão os testes sobre emissões não cumpriram os protocolos internos

A Nissan descobriu a manipulação dos dados de emissões após implementar controles mais rigorosos por causa das irregularidades detectadas em outubro do ano passado (Toru Hanai/Reuters)

A Nissan descobriu a manipulação dos dados de emissões após implementar controles mais rigorosos por causa das irregularidades detectadas em outubro do ano passado (Toru Hanai/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de julho de 2018 às 14h05.

Tóquio - A fabricante de automóveis japonesa Nissan Motor revelou nesta segunda-feira que detectou na maioria de suas fábricas no Japão irregularidades nas revisões de emissões de gases de seus veículos, assim como a manipulação de relatórios de inspeção.

A Nissan, que não informou quantos carros podem ter sido afetados, detalhou em comunicado que em cinco das suas seis fábricas no Japão os testes sobre emissões não cumpriram com seus protocolos internos.

Além disso, a montadora japonesa admitiu que, após uma investigação interna, detectou a elaboração de "relatórios de inspeção baseados em valores de medição alterada".

A manipulação, não obstante, não afetou a segurança dos veículos, que cumprem com os padrões de emissões da legislação japonesa, já que os dados foram reescritos "para cumprir com os próprios padrões (internos da companhia), que são mais rígidos", explicou à Agência Efe um porta-voz da Nissan.

A fabricante automobilística informou hoje ao Ministério de Território, Infraestrutura, Transporte e Turismo japonês sobre os fatos.

A Nissan descobriu a manipulação dos dados de emissões após implementar controles mais rigorosos por causa das irregularidades detectadas em outubro do ano passado em suas inspeções de qualidade de veículos, que alguns trabalhadores realizaram sem permissão necessária.

A companhia está fazendo uma investigação "completa e exaustiva" dos fatos, entre eles as causas e os antecedentes, para poder implementar "as contramedidas apropriadas".

As irregularidades se transformaram em um tema sensível para as empresas automobilísticas japonesas desde a revelação em 2017 de vários casos que afetaram gigantes como a Mitsubishi Motors, a metalúrgica Kobe Steel e a própria Nissan.

A companhia revelou em outubro do ano passado que pessoal não apto segundo a regulação japonesa tinha realizado inspeções de segurança em suas fábricas domésticas, o que provocou um recall de mais de 1 milhão de veículos no país.

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