Nissan adia negociações salariais até termos do Brexit ficarem mais claros
A montadora alertou neste mês que um Brexit sem acordo teria "sérias implicações" para a indústria britânica
Reuters
Publicado em 15 de outubro de 2018 às 11h51.
Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 11h54.
Londres - A montadora japonesa Nissan , que opera a maior fábrica de automóveis do Reino Unido , adiou o início das negociações salariais com seus funcionários no país até que os termos do Brexit se tornem mais claros.
A União Europeia e o governo britânico esperam chegar a um acordo até o próximo mês, mas as montadoras acionaram planos de contingência para o caso de um Brexit sem acordo, incluindo mudanças nos períodos de paradas, armazenagem de peças e certificação de modelos na UE.
As montadoras geralmente assinam acordos de pagamento por dois anos com sua equipe. A Nissan deveria começar a negociar com sua força de trabalho neste trimestre.
"De acordo com os representantes de nossos empregados, as negociações de pagamento de 2019/2020 em nossa fábrica e centro técnico no Reino Unido começarão em 2019 quando tivermos mais clareza sobre as futuras perspectivas de negócios", disse um porta-voz.
A empresa, que montou quase um terço dos 1,67 milhão de carros novos do Reino Unido no ano passado em sua fábrica de Sunderland, alertou neste mês que um Brexit sem acordo teria "sérias implicações" para a indústria britânica.
As montadoras estão preocupadas que os atropelos em portos e rodovias possam desacelerar o movimento de componentes e modelos acabados, prejudicando a produção e aumentando os custos, caso o Reino Unido não consiga chegar a um acordo com a UE sobre sua saída do bloco em 29 de março.
(Por Costas Pitas)